A higiene das mãos num serviço de pediatria

a perceção dos enfermeiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0216.24868

Palavras-chave:

higiene das mãos, pediatria, enfermagem, infeção associada a cuidados de saúde

Resumo

Introdução: A higiene das mãos é uma intervenção simples e de eficácia comprovada na quebra da cadeia de transmissão da infeção.

Objetivo: Conhecer a perceção dos enfermeiros em relação à prática da higiene das mãos, dos enfermeiros, das crianças e dos seus acompanhantes, em contexto pediátrico.

Métodos: Estudo descritivo, enquadrado no paradigma qualitativo. Os dados foram obtidos por entrevista semiestruturada e a sua análise pelo método de análise de conteúdo de Bardin. Amostra constituída por 15 enfermeiros de um serviço de internamento pediátrico, a maioria do sexo feminino e com uma idade média de 37.5 anos.

Resultados: Da análise do discurso emergiram duas categorias: fatores condicionantes da adesão à higiene das mãos com subcategorias relativas aos enfermeiros (quatro), às crianças (quatro); e aos acompanhantes (cinco); e estratégias para melhorar a adesão à higiene das mãos e respetivas subcategorias relativas aos enfermeiros (quatro); às crianças e seus acompanhantes (três).

Conclusão: Consciencializar e capacitar as equipas e os utilizadores das unidades de saúde para o problema e de como o minimizar é determinante. O planeamento de intervenções multimodais promotoras da higiene das mãos surge como elemento determinante para otimizar esta prática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abed, N. T., & Eldesouky, R. S. (2020). Infection Control: Hand Hygiene Practices among Nurses in the Neonatal Intensive Care Unit at Benha University Hospital. Egypt. J. Hosp. Med., 80, 619–626. doi: 10.12816/ejhm.2020.92540

Bandura, A. (2001). Social cognitive theory: An agentic perspective. Annu. Rev. Psychol., 52 (1), 1-26. doi: 10.1146/annurev.psych.52.1.1

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. (3ª ed.). Lisboa: Edições 70.

Belela-Anacleto, A. S. C., Kusahara, D. M., Peterlini, M. A. S., & Pedreira, M. L. G. (2019). Hand hygiene compliance and behavioural determinants in a paediatric intensive care unit: an observational study. Aust. Crit. Care, 32(1), 21–27. doi: 10.1016/j.aucc.2018.02.010

Cohen, B., Cohen, C. C., Løyland, B., & Larson, E. L. (2017). Transmission of health care-associated infections from roommates and prior room occupants: a systematic review. Clin. Epidemiol., 9, 297–310. doi: 10.2147/CLEP.S124382

Corrêa, I., & Nunes, I. M. (2011). Higienización de las manos: el cotidiano del profisional de la salud en una unidad de internación pediátrica. Invest. Educ. Enferm., 29(1), 54-60. https://www.redalyc.org/pdf/1052/105222398007.pdf

Direção-Geral da Saúde (2018). Infeções e Resistências aos Antimicrobianos: Relatório Anual do Programa Prioritário 2018. Lisboa: Direção-Geral da Saúde. https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/infecoes-e-resistencias-aos-antimicrobianos-2018-relatorio-anual-do-programa-prioritario.aspx

Direção-Geral da Saúde (2019). Norma nº 007/2019 de 16/10/2019 – Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde. Lisboa: Direção-Geral da Saúde. https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0072019-de-16102019-pdf.aspx

Gonzaga, H., & Belentani, L. (2013). Infecção hospitalar por contato: atitudes realizadas por acompanhantes que favorecem a transmissão. Revista Uningá, 35(1). http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/1081

Gras-Valentí, P., Mora-Muriel, J. G., Fuster-Pérez, M., Benito-Miralles, C. M., Vela-Morales, M. C., González-Hernández, M., … Sánchez-Payá, J. (2020). Evolution and associated factors of hand hygiene compliance in a pediatric tertiary hospital. Am. J. Infect. Control. doi: 10.1016/j.ajic.2020.05.013

Graveto, J. M. G. N, Rebola, R. I. F., Fernandes, E. A., & Costa, P. J. S. (2018). Hand hygiene: nurses’ adherence after training. REBEn, 71(3), 1189-1193. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0239

Grayson, M. L., Stewardson, A. J., Russo, P. L., Ryan, K. E., Olsen, K. L., Havers, S. M., … Cruickshank, M. (2018). Effects of the Australian National Hand Hygiene Initiative after 8 years on infection control practices, health-care worker education, and clinical outcomes: a longitudinal study. The Lancet. Infect. Dis.,18(11), 1269–1277. doi: 10.1016/S1473-3099(18)30491-2.

Hockenberry, M., & Wilson, D. W. (2014). Wong Enfermagem da Criança e do Adolescente. (9ª Edition, vol. II). Loures: Lusociência.

Knepper, B., Miller, A., & Young, H. (2020). Impact of an automated hand hygiene monitoring system combined with a performance improvement intervention on hospital-acquired infections. Infection Control & Hospital Epidemiology, 41 (8), 931-937. doi: 10.1017 / ice.2020.182.

Lary, D., Calvert, A., Nerlich, B., Segal, J., Vaughan, N., Randle, J., & Hardie, K. R. (2020). Improving children’s and their visitors’ hand hygiene compliance. J. Infect. Prev., 21(2), 60–67. DOI: 10.1177/1757177419892065

Müller, S. A., Diallo, A. O. K., Wood, R., Bayo, M., Eckmanns, T., Tounkara, O., … Borchert, M. (2020). Implementation of the WHO hand hygiene strategy in Faranah regional hospital, Guinea. Antimicrob Resist In, 9(1), 1–9. DOI: 10.1186/s13756-020-00723-8.

Oliveira, S., Galvão, E., & Gomes-Santos, L. (2020). Prevenção e controle de infecção relacionada à assistência à saúde: um estudo com responsáveis de crianças internadas no setor pediátrico. Journal of Epidemiology and Infection Control, 10(1). doi: 10.17058/jeic.v1i1.13688.

Rabelo, A. H. S, & Souza, T. V. (2009). O conhecimento do familiar/acompanhante acerca da precaução de contato: contribuições para a enfermagem pediátrica. Escola Anna Nery, 13(2), 271-278. doi: 10.1590/S1414-81452009000200006.

Raimondi, D. C., Bernal, S. C. Z., Souza, V. S., Oliveira, J. L. C., & Matsuda, L. M. (2017). Higienização das mãos: adesão da equipe de enfermagem de unidades de terapia intensiva pediátricas. Revista Cuidarte, 8(3), 1839-1848. doi: 10.15649/cuidarte.v8i3.437.

Santos, P. M. D., Silva, L. F. D., Depianti, J. R. B., Cursino, E. G., & Ribeiro, C. A. (2016). Os cuidados de enfermagem na percepção da criança hospitalizada. REBEn, 69(4), 646-653. doi: 10.1590/0034-7167.2016690405i

Silva, A. C., & de Menezes, C. V. A. (2019). Humanização da saúde e promoção do lúdico: uma proposta de brinquedoteca hospitalar. Caderno PAIC, 20(1), 423-436. https://cadernopaic.fae.emnuvens.com.br/cadernopaic/article/view/359

White, K. M., Jimmieson, N. L., Obst, P. L., Graves, N., Barnett, A., Cockshaw, W., Gee, P., Haneman, L., Page, K., Campbell, M., Martin, E., & Paterson, D. (2015). Using a theory of planned behaviour framework to explore hand hygiene beliefs at the “5 critical moments” among Australian hospital-based nurses. BMC Health Services Research, 15(1), 1–9. https://doi.org/10.1186/s12913-015-0718-2

Wong, M. W. H., Xu, Y. Z., Bone, J., & Srigley, J. A. (2020). Impact of patient and visitor hand hygiene interventions at a pediatric hospital: A stepped wedge cluster randomized controlled trial. Am. J. Infect. Control, 48(5), 511–516. doi: 10.1016/j.ajic.2019.09.026

World Health Organization (2016). Guidelines on Core Components of Infection Prevention and Control Programmes at the National and Acute Health Care Facility Level. https://www.who.int/gpsc/core-components.pdf

Publicado

2021-09-14

Como Citar

Andrade, L., Campos, P., Mendes, F., & Bastos, C. (2021). A higiene das mãos num serviço de pediatria : a perceção dos enfermeiros . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(16), 73–81. https://doi.org/10.29352/mill0216.24868

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde