Perceção dos pais e mães sobre a qualidade de vida relacionada com a saúde dos seus filhos

Autores

  • Isabel Bica Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal | CINTESIS, Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0002-7019-0132
  • Ernestina Silva Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal |UICISA:E, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4401-6296
  • José Costa Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal |CI&DETS, Viseu, Portugal
  • Carlos Albuquerque Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal |UICISA:E, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2297-0636
  • Madalena Cunha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal | UICISA:E, ESEnfC, Coimbra / SIGMA – Phi Xi Chapter, ESEnfC, Coimbra, Portugal | CIEC - UM, Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0710-9220
  • Odília Marques Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Viana do Castelo, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill029e.25036

Palavras-chave:

qualidade de vida, saúde, criança e adolescentes, filhos, pais e mães

Resumo

Introdução: A perceção da qualidade de vida das crianças/adolescentes tem sido alvo de estudo na atualidade (Abreu et al., 2016; Gaspar et al., 2008). No entanto os estudos acerca da perceção dos pais sobre a qualidade de vida das crianças ainda são escassos, o que revela a pertinência estudo.

Objetivo: Identificar que variáveis sociodemográficas referentes aos pais (pai e mãe) influenciam a sua perceção acerca da Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QVRS) dos filhos.

Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-relacional, numa amostra por conveniência de 592 pais de crianças que frequentaram escolas do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico da região centro de Portugal. A amostra revelou uma média de idades de 40,43 anos. Os seus filhos apresentavam uma média de idades de 12,43 anos. A recolha de dados, através da versão portuguesa para pais da escala KIDSCREEN - 52© (Gaspar & Matos, 2008; Matos et al. 2013), decorreu no ano 2018/2019.

Resultados: As dimensões da QVRS melhor percecionadas pelos pais, através da sua média ponderada foram a Provocação (bullying) (média=84,2417,44), seguindo-se da Família e ambiente familiar (média=82,6613,81) e o Estado de humor global (média=81,7914,76). A dimensão pior percecionada foi o Ambiente escolar e aprendizagem (média=72,6015,12).

Conclusão: Os resultados indicam que tanto os pais como as mães percecionam de forma mais positiva a QVRS das crianças e adolescentes ao nível da provocação (bullying), da família, ambiente familiar e estado de humor global. Os pais mais novos revelaram melhor perceção da QVRS dos filhos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abreu, M., Marques, I., Martins, M., Fernandes, T. M., & Gomes, P. (2016). Qualidade de vida relacionada com a saúde em crianças e adolescentes: Estudo bicêntrico e comparação com dados europeus. Nascer e Crescer,25(3), 141-146. http://www.scielo.mec.pt/pdf/nas/v25n3/v25n3a03.pdf

Azevedo, T. D. P. L., & Alves, E. D. (2016). Qualidade de vida de adolescentes: Revisão da literatura e perspectivas atuais. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, 7(2), 851-872. https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/3549

Camelier, A. A. (2004). Avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com DPOC: Estudo de base populacional com o SF-12 na cidade de São Paulo-SP [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São Paulo]. Repositório Institucional UNIFESP. http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20321

Chang, P., & Yeh, C. (2005). Agreement between child self-report and parent proxy: Report to evaluate quality of life in children with cancer. Psycho-Oncology, 14(2), 125-134. doi: 10.1002/pon.828.

Ferrans, C. E. (1996). Development of a conceptual model of quality of life. Scholarly inquiry for nursing practice, 10(3), 293-304.

Gaspar, T., & Matos, M. (coords.). (2008). Qualidade de vida em crianças e adolescentes versão portuguesa dos intrumentos Kidscreen 52. Fundação para a Ciência e Tecnologia. http://www.fmh.utl.pt/aventurasocial/pdf/Qualidade.de.Vida.KIDSCREEN.pdf

Gaspar, T., Matos, M. G., Batista-Foguet, J. Pais- Ribeiro, J., Leal, I., Erhart, M., & Ravens-Sieberer, U. (2010). Parent-child perceptions of quality of life: Implications for health intervention. Journal of Family Studies, 16(2), 143-154. doi: 10.5172/jfs.16.2.143.

Gaspar, T., Matos, M. G., Ribeiro, J. l. P., & Leal, I. (2006). Qualidade de vida e bem-estar em crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Terapia Cognitiva,2(2), 47-60.

Gaspar, T., Matos, M., Ribeiro, J. L. P., Leal, I., Erhart, M., & Ravens-Sieberer, U. (2010). Kidscreen: Quality of life in children and adolescents. Journal of Child and Adolescent Psychology, 1, 49-64.

Gaspar, T., Ribeiro, J. L. P., Matos, M. G., & Leal, I. (2008). Promoção de qualidade de vida em crianças e adolescentes. Psicologia, Saúde & Doenças, 9(1), 55-71.

Gaspar, T., Ribeiro, J. L. P., Matos, M. G., Leal, I., & Ferreira, A. (2009). Optimismo em crianças e adolescentes: Adaptação e validação do LOT-R. Psicologia, Reflexão e Critica, 22(3), 439-446. https://doi.org/10.1590/S0102-79722009000300015

Guyatt, G. H., Feeny, D. H., & Patrick, D. L. (1993). Measuring health-related quality of life. Annals of Internal Medicine, 11(8), 622- 629. https://doi.org/10.7326/0003-4819-118-8-199304150-00009

Jokovic, A., Locker, D., & Guyatt, G. (2004). How well do parents no their children? Implication for proxy reporting of child health-related quality of life. Quality of Life Research, 13(7), 1297-1307. https://doi.org/10.1023/B:QURE.0000037480.65972.eb

Matos, M. G., Gaspar, T., Simões, C. &, The European KIDSCREEN Group. (2013). Kidscreen -52: Parent’s perception of their children’s quality of life. Psicologia, Saúde & Doenças, 14(3), 437-451. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862013000300006&lng=es&nrm=iso

Matos, M., Gaspar, T., Ferreira, M., Linhares, F., Simões, C., Diniz, J., Ribeiro, J., Leal, I., & Equipa do Aventura Social. (2006). Qualidade de vida em crianças e adolescentes: Projecto Europeu Kidscreen: Relatório Português. http://www.fmh.utl.pt/aventurasocial/pdf/Kids2006.pdf

Ribeiro, J. (2003). Quality of life is a primary end-point in clinical settings. Clinical Nutrition 23 (1) 121-130.

Soares, A. H. R., Martins, A. J., Lopes, M. C. B., Brito, J. A. A. Oliveira, C. Q., & Moreira, M. C. N. (2011). Qualidade de vida de crianças e adolescentes: Uma revisão bibliográfica. Ciência & Saúde Coletiva, 16(7), 3197-3206. http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n7/19.pdf

The World Health Organization Quality of Life Group. (1995). The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Social Science & Medicine (1982), 41(10), 1403–1409. https://doi.org/10.1016/0277-9536(95)00112-k https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/027795369500112K?via%3Dihub

Theunissen, N. C. M., Vogels, T. G. C., Koopman, H. M., Verrips, G. H. W., Zwinderman, K. A. H., Verloove-Vanhorick, S. P., & Wit, J. M. (1998). The proxy problem: Child report versus parent report in health-related quality of life research. Quality of Life Research, 7(5), 387-397.

Wallander, J. L., Schmitt, M., & Koot, H. M. (2001). Quality of life measurement in children and adolescents: Issues, instruments, and applications. Journal of Clinical Psychology, 57(4), 571-585. doi: 10.1002/jclp.1029.

Downloads

Publicado

2021-11-30

Como Citar

Bica, I., Silva, E., Costa, J., Albuquerque, C. ., Cunha, M., & Marques, O. (2021). Perceção dos pais e mães sobre a qualidade de vida relacionada com a saúde dos seus filhos . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(9e), 113–119. https://doi.org/10.29352/mill029e.25036

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde