Cuidados de enfermagem forense: uma análise dos conhecimentos e práticas de enfermeiros portugueses

Autores

  • Edene Melodie Mota Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Serviço de Urgência, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5661-7646
  • Madalena Cunha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal | UICISA:E, ESEnfC, Coimbra / SIGMA – Phi Xi Chapter, ESEnfC, Coimbra, Portugal | CIEC - UM, Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0710-9220
  • Eduardo Santos Health School of the Polytechnic Institute of Viseu, Viseu, Portugal | Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA:E), Nursing School of Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0557-2377

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill029e.25287

Palavras-chave:

enfermagem forense, conhecimento, estudo observacional

Resumo

Introdução: Os casos de violência e trauma estão em constante crescimento em Portugal. A capacitação em conhecimentos das equipas de enfermagem é fulcral para a concretização de boas práticas no âmbito forense de modo a proporcionar à pessoa, seja ela vítima, suspeita ou agressora os devidos cuidados de saúde, médico-legais e em prol da segurança jurídica do enfermeiro.

Objetivo: Avaliar as práticas e os conhecimentos dos enfermeiros portugueses sobre enfermagem forense.

Métodos: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional de matriz transversal realizado com os enfermeiros portugueses. A recolha de dados teve por base o Questionário Geral Enfermagem Forense (QGEF) de Cunha & Libório (Libório, 2012). O estudo obteve parecer favorável da Comissão de Ética do Instituto Politécnico de Viseu nº. 10/ SUB/ 2021 e da Ordem dos Enfermeiros cuja colaboração na divulgação decorreu de 6/05/2021 a 31/05/2021.

Resultados: Foram incluídos 403 enfermeiros, representando 0,55% do universo do corpo de enfermagem inscrito na OE de Portugal, maioritariamente do género feminino (81,1%) e com uma idade média de 41,18 anos (±9,71). Estes consideram que possuem baixos conhecimentos ainda que executem práticas adequadas no domínio da enfermagem forense. A formação disponível é insuficiente ainda que a considerem muito importante (90,6%). Apurou-se que a frequência de formação e a existência de protocolos são impactantes no nível de conhecimentos e na qualidade das práticas forenses (p<0,05).

Conclusão: Os serviços de saúde carecem de experts forenses e a sua inexistência põe em risco procedimentos rigorosos, a cadeia de custódia e por consequência direitos médico-legais da vítima. A adoção de programas curriculares académicos com inclusão de conteúdos forenses, o treino e a formação de equipas poderão melhorar os cuidados de enfermagem forenses prestados à comunidade.

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Referências

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Publicado

2021-11-30

Como Citar

Mota, E. M., Cunha, M., & Santos, E. (2021). Cuidados de enfermagem forense: uma análise dos conhecimentos e práticas de enfermeiros portugueses . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(9e), 149–160. https://doi.org/10.29352/mill029e.25287

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde