Inteligência emocional em idosos inscritos em universidades seniores
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill029e.25335Palavras-chave:
inteligência emocional, idosos, universidades senioresResumo
Introdução: A Inteligência Emocional (IE) é um constructo que tem sido considerado o maior responsável pelo sucesso ou insucesso do ser humano, destacando-se também os contributos das Universidades Seniores no seu desenvolvimento.
Objetivo: Avaliar inteligência emocional de idosos inscritos em Universidades Seniores e verificar associações com variáveis sociodemográficas.
Métodos: Estudo transversal, descritivo/correlacional do tipo quantitativo, que utilizou uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 122 idosos inscritos em Universidades Séniores da região Centro de Portugal. O instrumento de medida utilizado integrou uma ficha de dados sociodemográficos e uma Escala de Medida de Inteligência Emocional (MIE).
Resultados: População maioritariamente feminina (58,1%), com média de idades de 62,3 anos, casada (62,3%), com o 9º ano de escolaridade (40,3%), reformada (72,1%) e com parcos recursos económicos. Apresentam níveis elevados nas varias dimensões da IE (>60%), destacando-se a automotivação, a empatia e a sociabilidade. Inversamente os valores mais baixos referem-se à autoconsciência e ao autocontrolo. A associação entre variáveis não apresentou significâncias estatísticas significativas (p>0,05), porém, os valores médios sugerem que a IE (na maioria das dimensões) é superior nos homens, nos indivíduos com mais idade (>70 anos), casados, com 6º ano de escolaridade, com rendimentos mensais mais baixos e nos mais insatisfeitos com o valor da reforma.
Conclusão: O estudo, reforça a pertinência e legitimidade das Universidades Seniores no desenvolvimento da inteligência emocional dos idosos no sentido de otimizar programas promotores da IE.
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