Satisfação com a vida percecionada pelos idosos
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0210e.26873Palavras-chave:
idosos, satisfação pessoal, expectativa de vida ativa, institucionalizaçãoResumo
Introdução: O envelhecimento bem-sucedido, está regularmente associado a níveis positivos de satisfação com a vida.
Objetivo: Identificar níveis de satisfação com a vida, em idosos (institucionalizados e domiciliados) e analisar fatores associados a essa satisfação.
Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional. Envolveu uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 126 idosos (65 residentes no domicilio e 61 institucionalizados). Foi utilizado um questionário que integrava: dados sociodemográficos e contextuais, as escalas de Apegar Familiar e escala de Satisfação com a Vida.
Resultados: Amostra maioritariamente feminina, com uma média de idades de 75,29 anos, com estado civil de viuvez e com baixas habilitações literárias. Eram maioritariamente reformados e apresentavam parcos recursos económicos. A satisfação com a vida era elevada para 41,6%, baixa para 32,0% e moderada para 26,4%. Os idosos mais satisfeitos com a vida residem no seu próprio domicílio, recorriam a práticas religiosas, praticavam atividade física regular e percecionavam famílias funcionais. Já o género, a idade, o estado civil, a escolaridade, a situação económica e o valor da reforma, mostraram-se independentes da referida satisfação.
Conclusão: Este estudo reforça o pressuposto de que a satisfação com a vida na maioria dos idosos oscila entre o moderado a elevado e está correlacionado com algumas variáveis psicossociais. Assim, torna-se imperativo que os Enfermeiros desenvolvam programas de intervenção terapêuticos e educacionais, que visem a promoção da satisfação com a vida dos Idosos.
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