Necessidades paliativas numa lista de utentes de uma unidade de saúde familiar de um centro urbano
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0223.34286Palavras-chave:
cuidados paliativos; avaliação de necessidades; cuidados de saúde primáriosResumo
Introdução: A população portuguesa está em processo de envelhecimento prevendo-se que as necessidades paliativas estejam a aumentar. Uma das barreiras ao acesso aos cuidados paliativos é a dificuldade em identificar os utentes que poderiam beneficiar deles. A maioria encontra-se na comunidade, sendo que as equipas dos Cuidados de Saúde Primários estão na melhor posição para os identificar. Diferentes estudos têm avaliado estas necessidades em contexto hospitalar, não tendo sido possível identificar na pesquisa efetuada, estudos nacionais nos Cuidados de Saúde Primários.
Objetivo: Avaliar as necessidades paliativas numa lista de utentes de uma Unidade de Saúde Familiar Portuguesa.
Métodos: Estudo observacional transversal em utentes com idade igual ou superior a 65 anos provenientes de uma lista de uma Unidade de Saúde Familiar Portuguesa, através da aplicação da escala SPICT-PT™.
Resultados: Foram incluídos 188 utentes com idade igual ou superior a 65 anos. A doença cardiovascular foi a principal doença de base (n=57, 30,3%), seguida da doença oncológica (n=31, 16,5%) e da hipertensão (n=28, 14,9%). 50 utentes foram identificados como tendo necessidades paliativas (SPICT-PTTM-positivo), os quais apresentavam uma mediana de idade significativamente superior à dos SPICT-PTTM-negativos, sem diferenças relativamente ao género. Todos os utentes referenciados à Equipa de Cuidados Paliativos eram SPICT-PTTM-positivos.
Conclusão: Mais estudos são necessários para avaliar a natureza e a complexidade das necessidades paliativas nos Cuidados de Saúde Primários e as estratégias utilizadas após a sua identificação.
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