Depressão nos agentes da polícia: uma revisão sistemática da prevalência
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0217e.36349Palavras-chave:
polícia; depressão; saúde mental; revisão sistemática; metanáliseResumo
Introdução: A depressão constitui um problema significativo da saúde mental da população em geral, incluindo dos agentes da polícia. A natureza exigente e stressante das suas funções expõe os agentes a uma variedade de fatores de risco psicossociais, tais como confrontos com situações de perigo, longas horas de trabalho e exposição a sucessivos traumas. Estes fatores contribuem para a vulnerabilidade à depressão.
Objetivo: Determinar a prevalência de depressão nos agentes da polícia.
Métodos: Revisão sistemática de prevalência com meta-análise que seguiu o método proposto pelo Instituto Joanna Briggs. A estratégia de pesquisa foi realizada na PubMed, EMBASE, CINAHL Complete e no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal – RCAAP. A seleção, avaliação crítica e extração de dados foram realizadas por dois revisores independentes. Foram realizadas meta-análises binárias de efeito aleatório de prevalência através do inverso da variância com transformação Freeman-Tukey double arcsine.
Resultados: A estratégia de pesquisa identificou 39809 registos, dos quais apenas nove artigos integraram o corpus da revisão. A meta-análise de prevalência para a depressão contou com uma amostra de 44172 agentes da polícia e foi de 26% (Intervalo de Confiança - IC 95%= 12-42%; p<0,01). Os estudos relataram, ainda, a necessidade urgente de intervenções direcionadas para mitigar os efeitos da depressão na saúde e no desempenho dos agentes da polícia, bem como a importância da existência de programas contínuos de monitorização e apoio à saúde mental.
Conclusão: Existe uma prevalência significativa de depressão nos agentes da polícia. É fundamental que sejam implementadas intervenções corretivas e contínuas para promover um ambiente de trabalho saudável.
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