Esperança e Qualidade de Vida em Idosos
Palavras-chave:
esperança, qualidade de vida, idosos, envelhecimento, institucionalizaçãoResumo
Enquadramento: Os baixos níveis de esperança
encontrados nos idosos revelam estar associados a fraca
motivação, falta de sentido para a vida, aumento de
sintomatologia ansiolítica e, consequentemente, a baixos
índices de qualidade de vida.
Objetivos: Identificar níveis de esperança e de
Qualidade de Vida em idosos, bem como fatores
determinantes destes constructos.
Métodos: Trata-se de um estudo do tipo
quantitativo, não experimental e descritivo-correlacional. Foi
utilizada uma amostra não probabilística por conveniência,
constituída por 100 idosos, residentes na região centro do país,
divididos em dois grupos: institucionalizados (n=50) e idosos
a residir na comunidade (n=50). A maioria dos idosos (69%) é
do sexo feminino, com uma média de idades de 84 anos. Os
dados foram colhidos através de um questionário constituído
por um grupo de questões sociodemográficas, por uma Escala
da Esperança (versão portuguesa de Pais Ribeiro, 2007), e por
uma Grelha de Avaliação da Qualidade de Vida dos idosos da
Direção Geral de Saúde (DGS, 2013).
Resultados: Os dados evidenciam que 52% dos
idosos apresentam níveis elevados de esperança, sendo esta
superior em idosos institucionalizados (M= 52,12; Dp= 7,35).
52% percecionam também globalmente boa qualidade de vida,
porém esta é superior nos idosos da comunidade (M= 30,38;
Dp= 5,52). As variáveis com influência significativa nos
níveis de esperança são o percecionar melhor estado de saúde,
maior preocupação da família, possuir melhor qualidade de
vida e maior número de filhos.
Conclusão: As evidências revelam níveis
diferenciados, mas essencialmente positivos na esperança e
qualidade de vida dos idosos estando estas significativamente
relacionadas com a saúde percecionada.
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