A mitologia grega, uma concepção genial produzida pela humanidade: os condicionalismos religiosos e históricos na civilização helénica
Resumo
A mitologia grega, um fascinante e vivido espelho da multifacetada natureza humana, evoluiu significativamente com a integração progressiva dos antigos deuses e cultos pré-helénicos, vinculados aos ciclos agrícolas e de outros elementos saídos das cosmogonias orientais. A mitologia grega introduziu aspectos vinculados à natureza, que eram elementos renovadores nesse campo e deram origem a uma ampla série de entidades mitológicas, cuja dimensão foi determinante e significativa para o conhecimento do espírito dos povos mediterrânicos.
Desse processo surge a cristalização de uma complexa cosmogonia sistematizada por Hesíodo e a existência de um panteão politeísta, que adquiriu características definidas na obra de Homero. De assinalar a componente iconográfica comum em certos aspectos imagéticos, que haveriam de encontrar um complemento realístico, adequado à introdução de referências dóricas e aqueias na cultura grega clássica.
As características comuns a todos os deuses gregos deram a conhecer a sua relação com os fenómenos da natureza, cujas forças regiam e a sua figura antropomórfica, baseada em modelos e costumes humanos.
A riqueza do mundo mitológico grego não acaba nos relatos sobre os deuses olímpicos e as suas frequentes intervenções nos assuntos humanos. Nas suas lendas, é aflorada uma vasta trama de divindades menores, relacionadas com a natureza. Por outro lado, são figuras de destaque os heróis, descendentes ou protegidos pelos deuses, cujas façanhas são narradas em ciclos individuais ou relatos genéricos, nomeadamente a Odisseia.
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Referências
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