A somática como poética da transformação de si
DOI:
https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2022.0006Palavras-chave:
educação somática, movimento somático, mente-corpo, incorporação, somática, dançaResumo
Na cena artística contemporânea, existem várias pedagogias que propõem mobilizar, tanto no público quanto no artista, canais cinestésicos e sensoriais que despertem novas formas de percepção e apreensão do eu e do mundo. Nesse sentido, a própria noção de técnica e treinamento se amplia, o que nos remete a Foucault (2006), quando ele se refere à arte como um lugar de reinvenção do próprio artista, expandindo o olhar além dos processos de padronização dos requisitos e das disciplinas como fabricantes de corpos dóceis e produtivos. Dessa forma, experimentos artísticos incorporam estratégias que inspiram transformações do eu e modos de ser, promovendo uma obra de arte que é também poética, resignificada e reinventada.
O território fértil da Educação Somática, como será caracterizado, lida com o corpo como um todo, conferindo autoridade às sensações e às maneiras como são percebidas por cada pessoa. Nesse sentido, propomos explorar as noções sobre esse campo e sua construção como uma área de conhecimento, a fim de chegar a uma apresentação sobre a construção de uma epistemologia somática na dança. A Sômática, como poética de auto-transformação, visa transformar o sensível e uma percepção mais aguçada do "estado do que nos move" (Fernandes, 2019: 127).
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