Cibersegurança na perspetiva dos Profissionais de Saúde

Autores

  • Cecília Teresa Pinto Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Santarém, Portugal https://orcid.org/0009-0003-0686-7203
  • Diogo Bessa Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Santarém, Portugal https://orcid.org/0009-0005-8951-5469
  • Sónia Merciano Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Santarém, Portugal https://orcid.org/0009-0008-4483-9365
  • Ana Narra Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Santarém, Portugal
  • Ana Pereira Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Santarém, Portugal https://orcid.org/0009-0000-9502-6534
  • Mario Silva Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Saúde, Santarém, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2434-4356
  • Filipe Madeira Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Santarém, Portugal; CIAC, Pólo de Literacia Digital e Inclusão Social, Universidade do Algarve, Faro, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2227-7006

DOI:

https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i1.27712

Palavras-chave:

Cibersegurança, profissionais de saúde, ciberataque, empowerment.

Resumo

Este estudo tem como principal objetivo perceber a capacitação dos profissionais de saúde em relação à cibersegurança e prevenção de ciberataques nas instituições onde estes exercem funções. O estudo consiste em aplicar uma escala de resposta tipo Likert previamente validada e publicada, para avaliar as atitudes em relação à cibersegurança em ambiente empresarial (ATC-IB), com o objetivo de obter dados sobre diversos indicadores como a cibersegurança e a gestão de risco de ciberataques na perspetiva dos profissionais de saúde, o questionário foi submetido através da plataforma digital Google Forms®, a distribuição do questionário foi online em redes sociais e grupos do WhatsApp que exercem a sua profissão no setor público, privado e social em Portugal. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, transversal e descritivo sobre atitudes em relação à cibersegurança nos seus locais de trabalho. Foi criada uma base de dados em programa Microsoft Office Excel ® e para a análise estatística descritiva e exploratória dos dados foi usado a linguagem de programação R e o plug-in EZR. Na amostra em estudo foram incluídos 82 profissionais de saúde e foram excluídos 8 por uma questão estatística. Respondentes por género: 76% mulheres e 24% homens. Divididos por 4 grupos profissionais: enfermeiros; médicos; técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT); e gestores.  A média de idades é de 38,12 anos com um desvio padrão de 12.38. A área de abrangência situa-se maioritariamente na região de Lisboa e Vale do Tejo com representação de 94,4%; a região norte com 4,4% e a região do Alentejo com 1,1% de respondentes. 72% exercem funções no setor público; 25% no setor privado; e 3% no setor social. Grau académico e habilitações literárias está distribuído por: 2% é doutorado; 32% possui o grau de mestre; 60% é licenciado. Conclui-se que existem algumas diferenças ao nível de conhecimento de cibersegurança, nomeadamente na faixa etária 18-30 anos e as restantes idades, tal como entre géneros no mesmo item (de não saber a quem recorrer se existisse um ciberataque), esta dificuldade apresenta-se mais evidente em idades acima dos 31 anos e no género feminino. E ainda entre géneros acresce-se uma diferença estatisticamente significativa no item (de ganhar do ponto de vista financeiro com os ciberataques), conclui-se que o género feminino tem a perceção de que o dinheiro não é apenas e único fator motivador dos ciberataques. Entre classes profissionais verificou-se diferenças entre os enfermeiros e os TSDT para 1 item, os enfermeiros dão mais importância aos boletins informativos governamentais em relação ao cibercrime que os TSDT; e um item entre enfermeiros e gestores, sendo que os gestores têm mais conhecimento sobre quem é o responsável por proteger a instituição de saúde das ciberameaças, que os enfermeiros. Globalmente a escala ATC-IB nas três variáveis (géneros, faixas etárias e classes profissionais) não foram encontradas grandes diferenças, de um modo geral existe capacitação dos profissionais de saúde em relação à cibersegurança e prevenção de ciberataques no contexto ambiente de trabalho.

 

 

 

Referências

APA (2020). The Publication Manual of the American Psychological Association, Seventh Edition is the official source for APA Style. https://www.apastyle.org/

Baashar, Y., Hitham Alhussian, H., Patel, A., Alkawsi, G., Alzahrani, A. I., Alfarraj, O., & Hayder, G. (2020). Customer relationship management systems (CRMS) in the healthcare environment: A systematic literature review. PubMed. Retrieved Junho 22, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34170994/

Baptista, I. M. A. (2019). Dissertação · Mestrado Bolonha em Segurança de Informação e Direito no Ciberespaço. Dissertação · Mestrado Bolonha em Segurança de Informação e Direito no Ciberespaço. Retrieved Junho 27, 2022, from https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/cursos/msidc/dissertacao/1409728525632070

Bradley, D. C., Maria, A. R., Cabello, I. R., Villanueva, G., Fønhus, M. S., Glenton, C., Glenton, C., Lewin, S., Henschke, N., Buckley, B. S., Melhl, G. L., Tamrat, T., & Shepperd, S. (2020). Mobile technologies to support healthcare provider to healthcare provider communication and management of care. PubMed. Retrieved Junho 20, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32813281/

Carmo, H., & Ferreira, M. M. (1998). Metodologia da Investigação: guia para auto-aprendizagem. Universidade Aberta.

CNCS: Centro Nacional de Cibersegurança Português. (2022). Relatório Riscos e Conflitos em Cibersegurança. Centro Nacional de Cibersegurança. Retrieved Junho 15, 2022, from https://www.cncs.gov.pt/docs/relatorio-riscosconflitos2022-obciber-cncs15m.pdf

CNCS: Centro Nacional de Cibersegurança Portugal. (2020). CIBERSEGURANÇA EM PORTUGAL. Centro Nacional de Cibersegurança. Retrieved Junho 30, 2022, from https://www.cncs.gov.pt/docs/relatorio-sociedade2020-observatoriociberseguranca-cncs-1.pdf

Cremer, F., Sheehan, B., Fortmann, M., Kia, A. N., Martin Mullins, M., Murphy, F., & Materne, S. (2022). Cyber risk and cybersecurity: a systematic review of data availability. PubMed. Retrieved Junho 21, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35194352/

Diário da República, 1.ª série. (2019). Lei n.º 58/2019 Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados – DGERT. DGERT. Nº151 pág. 3. Retrieved Junho 21, 2022, from https://www.dgert.gov.pt/regulamento-geral-sobre-a-protecao-de-dados

Gonçalves, R. S. (2019). Repositório da Universidade de Lisboa: O fator humano da cibersegurança nas organizações. UTL Repository. Retrieved Junho 30, 2022, from https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/19248

Gunasekeran, D. V., Tseng, R. M. W. W. T., Tham, Y.-C. T., & Wong, T. Y. W. (2021). Applications of digital health for public health responses to COVID-19: a systematic scoping review of artificial intelligence, telehealth and related technologies. PubMed. Retrieved Junho 23, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33637833/ Hadlington L. Human factors in cybersecurity; examining the link between Internet addiction, impulsivity, attitudes towards cybersecurity, and risky cybersecurity behaviours. Heliyon [Internet]. 2017;3(7):e00346. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.heliyon.2017.e00346

Hadlington L., (2017). Human factors in cybersecurity; examining the link between Internet addiction, impulsivity, attitudes towards cybersecurity, and risky cybersecurity behaviours. Heliyon. 2017;3(7):e00346. http://dx.doi.org/10.1016/j.heliyon.2017.e00346

Hellemann, N. (2021). SoSafe Cyber Security Awareness. An Analysis of the European Cyberthreat Landscape. Retrieved Junho 30, 2022, from https://lp.sosafe.de/hubfs/SoSafe%20%20Human%20Risk%20Review%202021%20%20EN.pdf?__hstc=106398849.e258a00999b2355d7856ff3839bf88d0.1656070830516.165607083

INE: Instituto Nacional de Estatística (2021). Censos 2021 - Dados de saúde. Disponível em https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_tema&xpid=INE&tema_cod=1117

Kanda, Y., (2013). “Investigation of the freely available easy.to.use software EZR for medical Statistics.” Bone Marrow Transplantation. https://www.nature.com/articles/bmt2012244.pdf.

King, Z. M., Henshel, D. S., Flora, L., Cains, M. G., Hoffman, B., & Sample, C. (2018). Characterizing and Measuring Maliciousness for Cybersecurity Risk Assessment. NCBI. Retrieved Junho 21, 2022, from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5807417/

Ministério da Saúde - Serviço Nacional Saúde. (2019). Guia de Boas Práticas e Regras para sítios web SNS/MS CIBERSEGURANÇA. SPMS. Retrieved Junho 25, 2022, from https://www.spms.min-saude.pt/wp-content/uploads/2019/11/Guia-de-Boas-Pra%CC%81ticas-e-Regras-para-sites.pdf

Moore, E. C., Tolley, C. L., Bates, D. W., & Slight, S. P. (2020). A systematic review of the impact of health information technology on nurses' time. PubMed. Retrieved Junho 23, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32159770/

Moustafa, A. A., Bello, A., & Maurushat, A. (2021, Junho 18). The Role of User Behaviour in Improving Cyber Security Management. PubMed. Retrieved June 20, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34220596/

Nifakos, S., Chandramouli, K., Nikolaou, C. K., Papachristou, P., Koch, S., Panaousis, E., & Bonacina, S. (2021). Influence of Human Factors on Cyber Security within Healthcare Organisations: A Systematic Review. PubMed. Retrieved Junho 18, 2022, from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34372354/

Nunes, P., Antunes, M., & Sila, C. (2021). Evaluating cybersecurity attitudes and behaviors in Portuguese healthcare institutions. PDF. Retrieved Junho 21, 2022, from https://iconline.ipleiria.pt/handle/10400.8/6096

Pinto, M., (2018). Empowerment: entenda o que é e como aplicar! Guia do empreenderdor. Disponível em https://www.guiaempreendedor.com/guia/empowerment-entenda-o-que-e-e-como-aplicar

Proofpoint Report. (2019). Human Factor Report. gtd-pfpt-us-r-human-factor-2019_0.pdf. Retrieved Junho 21, 2022, from https://www.proofpoint.com/sites/default/files/gtd-pfpt-us-r-human-factor-2019_0.pdf

R Core Team, (2022). R: A languase and environment for statiscal computing. R Foundation for Statiscal Computing, Vienna, Austria. URL https://www.R-project.org/.

World Health Organization. (2006). What is the evidence on effectiveness of empowerment to improve health? WHO/Europe. Retrieved Julho 2, 2022, from https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0010/74656/E88086.pdf

Downloads

Publicado

2023-07-18

Como Citar

Pinto, C. T., Bessa, D. ., Merciano, S., Narra, A., Pereira, A., Silva, M., & Madeira, F. (2023). Cibersegurança na perspetiva dos Profissionais de Saúde. Revista Da UI_IPSantarém, 11(1), e27712. https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i1.27712

Edição

Secção

Artigos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2