A DUPLA FACE DOS POLÍGONOS QUE CONFIGURAM, AMBIENTAL E HISTORICAMENTE, A MICRORREGIÃO DA CHAPADA DOS VEADEIROS: PROTEÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E A GERAÇÃO DE CONFLITOS

Autores

  • Sebastião Fontenele França Universidade de Brasília
  • Éder de Souza Martins Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na Embrapa Cerrados.

DOI:

https://doi.org/10.18055/Finis16975

Resumo

RESUMO - Este trabalho tem como objetivo analisar os conflitos que ocorrem na relação uso e ocupação do solo nas áreas de proteção e conservação da natureza na Microrregião da Chapada dos Veadeiros, um mosaico composto por ocupações humanas com interesses diversificados: defesa do meio ambiente, representado pelos ambientalistas; agronegócio, sob o domínio dos ruralistas; mineração, com forte presença de pequenos garimpeiros e mineradoras; turismo, que vem crescendo, mas que preocupa os ambientalistas; pequenos proprietários rurais, que precisam sobreviver, mas são confinados em pequenas áreas cercadas por empresas agropecuárias e pela ancestralidade, com a presença de afrodescendentes, a Comunidade Quilombola Kalunga, além das organizações não governamentais (ONGs), que têm forte atuação na área. Em termos geográficos, essa Microrregião é uma verdadeira colcha de retalhos, onde os limites dos municípios que a compõem se entrelaçam com os limites da Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, com a Reserva da Biosfera do Cerrado e com o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, todos com suas legislações específicas. No interior dessa teia, os conflitos são uma realidade, e os atores divergem em seus interesses.

Palavras-chave: Sobreposição de Áreas. Conflitos pelo uso do solo. Unidades de conservação.

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Biografias Autor

Sebastião Fontenele França, Universidade de Brasília

Possui graduação em Geografia pelo Centro Universitário de Brasília (1989), Especialização em Administração Escolar (1992) pela Universidade Católica de Brasília, Mestrado (2002) e Doutorado (2019) em Geografia pela Universidade de Brasília. Tem larga experiência nas áreas administrativas e acadêmicas no ensino superior. Exerceu quatro cargos de direção nas Faculdades Integradas UPIS em Brasília, sendo Coordenador do Curso de Geografia em dois momentos (30/12/97 a 1/2/06 e 1/4/11 a 19/08/01); Diretor de Pós-Graduação (1/3/06 a 15/07/10); Diretor de Ensino a Distância (15/07/10 a 1/3/11) e Coordenador de Qualidade da Pós-Graduação (1/3/06 a 1/3/11). Em toda essa trajetória (de 1989 a 2019), acumulou também o cargo de Professor. Atualmente desenvolve pesquisas individuais nas áreas de História e Geografia e é Membro Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF), na cadeira número 18, Patrono Luís Alves de Lima e Silva “Duque de Caxias”, na sucessão do acadêmico Oscar Alberto de Mattos Horta Barbosa, com a posse ocorrida no dia 16 de maio de 2018. 

Éder de Souza Martins, Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na Embrapa Cerrados.

Possui graduação (1987), mestrado (1991) e doutorado (1999) em Geologia pela Universidade de Brasília (1987). Atualmente é Pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na Embrapa Cerrados. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica e Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: cerrado, solo, mineralogia, mapeamento e cinética química. Atualmente é líder do Projeto Embrapa (MP2) 02.14.10.002.00.00: Caracterização e avaliação de Agrominerais Silicáticos no manejo da fertilidade do solo. É responsável pela coordenação do Tema "Viabilização de agrominerais alternativos como condicionadores de solo, corretivos e fontes de nutrientes", que compõe o Portfólio "Suprimento eficiente de nutrientes para a agricultura brasileira" da Embrapa. Integra a Rede Mapeamento Digital de Solos, coordenada pela Embrapa, onde desenvolve estudos da relação relevo-solo. 

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Publicado

2020-05-28

Como Citar

França, S. F., & Martins, Éder de S. (2020). A DUPLA FACE DOS POLÍGONOS QUE CONFIGURAM, AMBIENTAL E HISTORICAMENTE, A MICRORREGIÃO DA CHAPADA DOS VEADEIROS: PROTEÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E A GERAÇÃO DE CONFLITOS. Finisterra, 55(113), 175–194. https://doi.org/10.18055/Finis16975

Edição

Secção

Artigos