UMA GEOGRAFIA DO QUE ACONTECE:
INTERSECÇÕES DA VIDA DE MULHERES À LUZ DO CONTEXTO GEOGRÁFICO
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis31298Resumo
A preocupação central deste artigo foi compreender as trajetórias de vidas experienciadas interseccionalmente por mulheres a partir do conceito de assemblage thinking na produção de seus respectivos contextos geográficos, especificamente, a realidade daquelas que viveram/vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) em Presidente Prudente – SP, Brasil. Para este estudo foi elencada a articulação metodológica entre a História de Vida e a Análise do Discurso (AD) pautada na produção e análise dos dados qualitativos (infância, juventude, vida adulta). Isso permitiu a interpretação dos sentidos e conexões produzidos pelas participantes da pesquisa mediante as complexas realidades de espaço-tempo, de conteúdo e de agência evidenciadas nas narrativas. As mulheres participantes da pesquisa, lidaram e interagiram com distintos agentes sob a conformidade produzida com/no o contexto geográfico, o que evidenciou modificações constantes em seus campos de possibilidades mediante o destaque de seus principais acontecimentos e pontos de inflexão. Tal entendimento nos faz crer na potencialidade do emprego da assemblage thinking e do contexto geográfico enquanto contribuições para a Geografia, sobretudo, nos campos comprometidos com os sujeitos, suas culturas, corpos e suas interseccionalidades que permitem a leitura do movimento, da continuidade da vida, do novo, do ainda desconhecido.
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