Bem-estar em estudantes do ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0202e.02Palavras-chave:
Bem- estar, Coping, Estudantes do Ensino Superior,Resumo
Introdução: O bem-estar está relacionado com o modo como a pessoa caracteriza, de forma geral, a sua vida pelo lado positivo, isto é, a satisfação que a pessoa refere em relação à sua vida. Com a entrada no ensino superior, o estudante é exposto a diversas alterações, tendo em conta ao que, até então estava habituado a viver. Essas alterações podem, por um lado, contribuir para o seu processo de desenvolvimento, independência e autonomia e, por outro, constituir sensações inadequadas e/ou perturbadoras. Deste modo, o processo de adaptação ao ensino superior é complexo e potencialmente pode gerar situações indutoras de stress, em diversos momentos da vida académica.
Objetivos: Avaliar o bem-estar nos estudantes do ensino superior; Determinar o efeito do coping no bem-estar dos estudantes.
Métodos: Estudo de natureza descritivo com foco transversal. A amostra é composta por 174 estudantes do ensino superior, sendo 82,8 % do sexo feminino. A colheita de dados foi obtida pelo preenchimento on line dos seguintes instrumentos: Escala de Afeto Positivo e Negativo / Positive and Negative Afect Schedule (PANAS), versão portuguesa de Galinha & Pais Ribeiro (2005), Escala de Brief – Cope versão portuguesa de Pais Ribeiro & Rodrigues (2004).
Resultados: Os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo apurando-se um mínimo de 13 e um máximo de 50, sendo o valor médio de M=30.79, sugestivo de bem-estar subjetivo. Para o afeto negativo, o mínimo é de -10 e o máximo de 35, com a M= 15,68. No que se refere ao Bem-estar subjetivo global, o mínimo é -8,00 e o máximo 38, com a (M= 15,11±9,058), o que indica que os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo. A variável preditor do afeto positivo foi a reinterpretação positiva, explicando 15,5% da variação, sendo a variância explicada ajustada de 15,0%. Os estudantes mais velhos (≥23 anos) manifestam mais afeto positivo, inferindo-se que a idade interfere no bem-estar subjetivo dos participantes.
Conclusões: Os estudantes do ensino superior, apresentam mais afeto positivo. A reinterpretação positiva é preditor do afeto positivo, enquanto que o desinvestimento comportamental, a negação e o uso de substâncias são preditores do afeto negativo. Os preditores do Bem-estar subjetivo são o coping ativo, o desinvestimento comportamental, a auto-culpabilização, a reinterpretação positiva e a auto-distração, sugerindo-se assim que o coping prediz o bem-estar nos estudantes do ensino superior, pelo que estas variáveis deverão ser consideradas aquando do planeamento pedagógico das ações que lhe são dirigidas.
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