Complicações da fluidoterapia em pacientes com pancreatite aguda: Uma contribuição

Autores

  • Carla Henriques Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viseu http://orcid.org/0000-0002-2142-2849
  • Jorge Pereira General Surgery Department, Tondela-Viseu Hospital Centre, Viseu
  • Jorge Pereira General Surgery Department, Tondela-Viseu Hospital Centre, Viseu
  • Ana Cristina Matos Polytechnic Institute of Viseu, Centre for Studies in Education, Technology and Health of Viseu (CI&DETS)
  • Ana Cristina Matos Polytechnic Institute of Viseu, Centre for Studies in Education, Technology and Health of Viseu (CI&DETS)
  • Catarina Afonso General Surgery Department, Tondela-Viseu Hospital Centre, Viseu
  • Catarina Afonso General Surgery Department, Tondela-Viseu Hospital Centre, Viseu

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0206.02.00160

Palavras-chave:

Pancreatite aguda, Fluidoterapia, Complicações, Curvas ROC, Regressão logística

Resumo

Introdução: A fluidoterapia agressiva é frequentemente sugerida no tratamento da pancreatite aguda. No entanto, há alguma controvérsia sobre o efeito desta opção relativamente ao aparecimento de complicações clínicas e à necessidade de cirurgia.

Objetivos: Explorar a relação entre administração de fluidos nas primeiras 48 horas e o desenvolvimento de complicações, locais ou sistémicas, a fim de contribuir para esclarecer algumas questões nesta matéria.

Métodos: Este estudo é baseado em registros de 109 pacientes internados na Unidade de Cuidados Cirúrgicos Intermédios do Centro Hospitalar Tondela Viseu, entre 2007 e 2012, com diagnóstico de pancreatite aguda. Foi feita a exploração dos dados e aplicados testes estatísticos de modo a identificar variáveis que diferenciavam pacientes com complicações. As curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) permitiram relacionar a quantidade de fluidos administrados nas primeiras 48h com a ocorrência de cada complicação. Modelos de regressão logística foram utilizados para identificar fatores de risco independentes para cada complicação.

Resultados: Não se registou relação significativa entre a terapia de fluidos às 48 horas com a morte nem com a ocorrência de complicações sistémicas. Ao contrário, a fluidoterapia às 48 horas revelou-se associada a complicações locais e tardias, presença de infeção e necessidade de cirurgia.
Conclusões: Níveis elevados de fluidos administrados nas primeiras 48 horas registaram-se associados ao desenvolvimento de complicações.

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Publicado

2018-05-30

Como Citar

Henriques, C., Pereira, J., Pereira, J., Matos, A. C., Matos, A. C., Afonso, C., & Afonso, C. (2018). Complicações da fluidoterapia em pacientes com pancreatite aguda: Uma contribuição. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(6), 23–31. https://doi.org/10.29352/mill0206.02.00160

Edição

N.º 6 (2018): Série 2 Nº6

Secção

Ciências da vida e da saúde

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