Programa de intervenção educativa em jovens universitários: Preditores de adesão Educational
Palavras-chave:
Preditores de Adesão, Programas de Intervenção Educativa, VIH Prevenção Primária, Jovens Universitários, Odds RatioResumo
Introdução: A literatura refere que os estudos longitudinais, em que a participação não é obrigatória e o participante não tem benefício imediato, estão sujeitos a falhas de adesão.
Objetivo: Analisar os preditores de adesão a um programa de intervenção para redução do risco de infeção VIH. Os critérios de inclusão foram ser aluno do 1º ano da Universidade de Coimbra, dos 18 aos 24 anos. Foi aplicado um questionário com indicadores da ONUSIDA.
Métodos: O estudo, quantitativo, incluiu dois momentos: no primeiro, participaram 551 jovens, que aceitaram preencher o questionário e participar; no segundo, sinalizaram-se os inquiridos e os que aderiram ao programa. Os respondentes tinham uma média de idades de 18 anos (DP = 1.06), 76.2% eram do sexo feminino, 63% da área da saúde e 69.2% já tinham atividade sexual.
Resultados: O modelo apresenta dez variáveis independentes: idade, sexo, perceção do risco, área científica, início da vida sexual, número parceiros sexuais ao longo da vida e nos últimos doze meses, conhecimentos sobre transmissão e prevenção do VIH. Quatro variáveis independentes apresentam uma contribuição estatisticamente significativa: perceção do risco, área científica dos estudos, início da vida sexual e parceiros sexuais nos últimos doze meses. O maior preditor de adesão é a idade de iniciação sexual, com um odds ratio de 3,63 (OR = 3.63; IC 95% 1.27 - 8.91), indicando que os alunos que iniciaram a vida sexual apresentam três vezes mais probabilidade de aderir a um programa de intervenção educativa. Os odds ratio de 1,98 (OR = 1.98; IC 95% 1.27 - 2.87) e 1.784 (OR = 1.78; IC 95% 1.04 - 3.07) indicam que os alunos da área saúde e com maior perceção de risco têm cerca de duas vezes mais probabilidade de aderir. A variável “parceiros sexuais nos últimos 12 meses” é igualmente uma variável preditora da adesão e indica-nos que os abstinentes apresentam 0.três vezes mais probabilidade de aderir (OR = 0.32; IC 95% 0.12 - 0.81).
Conclusões: Este estudo indica que as campanhas de informação, sensibilização e prevenção não oferecem um modelo eficaz de sensibilização para a percepção de problemas e riscos para os estudantes que não seguem cursos de saúde.
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