Estudo da Osteoporose em mulheres portuguesas com mais de 50 anos: Análise dos fatores de risco e adesão à terapêutica

Autores

  • Maria João Carvalho Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Fernando Moreira Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Vila Nova de Gaia, Portugal Faculty of Medicine, University of Porto, Portugal Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE, Portugal
  • Cláudia Pinho Núcleo de Investigação e Intervenção em Farmácia (NIIF), Portugal Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Portugal
  • Agostinho Cruz Núcleo de Investigação e Intervenção em Farmácia (NIIF), Portugal Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Portugal

Palavras-chave:

Osteoporose, Fatores de risco, Diagnóstico, Tratamento

Resumo

Introdução: A osteoporose é uma doença caraterizada por baixa densidade óssea. Em Portugal cerca de 500 mil pessoas sofrem da patologia. Para a implementação de tratamento é necessária a medição da densidade óssea e a avaliação dos fatores de risco. Devido ao caráter assintomático da patologia os pacientes não aderem corretamente à medicação, possuindo um risco aumentado de fratura e comorbilidades associadas.

Objetivo: O estudo teve como objetivos avaliar a relação entre diferentes variáveis e a prevalência de osteoporose e avaliar a adesão à terapêutica em doentes medicados.

Métodos: No estudo foram incluídas mulheres com idade igual ou superior a 50 anos (n=107). A recolha de dados foi feita por questionário e foi realizada a medição da densidade óssea por Ultrassonometria Quantitativa do Calcâneo.

Resultados: Após a medição da densidade óssea, 43.9% das mulheres apresentavam densidade óssea normal, 37.4% osteopenia e 18.7% osteoporose. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre a idade (p=0.000), a menopausa (p=0.013) e o T-score. As inquiridas que tomavam bifosfonatos, utentes idosas e com períodos de terapêutica superior a 6 meses apresentavam taxas de incumprimento mais elevadas.

Conclusões: A idade, a menopausa e o histórico familiar de osteoporose são fatores de risco para o desenvolvimento da patologia. A idade e o tempo de tratamento levam a uma menor adesão à terapêutica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abrahamsen, B., Brask-Lindemann, D., Rubin, K., & Schwarz, P. (2014). A review of lifestyle, smoking and other modifiable risk factors for osteoporotic fractures. Bonekey Report, 574(3), 1-10. doi: 10.1038/bonekey.2014.69.

Associação Nacional Contra a Osteoporose. (2012). Associação nacional contra a osteoporose. Acedido em: http://www.aporos. pt/a-osteoporose.html.

Berry. S., Misra, D., Hannan, M., & Kiel, D. (2010). Low acceptance of treatment in the elderly for the secondary prevention of osteoporotic fracture in the acute rehabilitation setting. Aging Clinical and Experimental Research, 22(3), 231–237. Acedido em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2919059/

Chan, D., Chang, C., Lim, L., Brnabic, A., Tsauo, J., Burge R, … Yang, R. (2016). Association between teriparatide treatment persistence and adherence, and fracture incidence in Taiwan: Analysis using the national health insurance research database. Osteoporosis International, 27(9), 2855-2865. doi: 10.1007/s00198-016-3611-x.

Gambacciani, M., & Levancini, M. (2014). Hormone replacement therapy and the prevention of postmenopausal osteoporosis. Przeglad Menopauzalny, 13(4), 213-220. doi: 10.5114/pm.2014.44996.

Huas, D., Debiais, F., Blotman, F., Cortet, B., Mercier, F., Rousseaux, C., … Cotté, F. (2010). Compliance and treatment satisfaction of postmenopausal women treated for osteoporosis: Compliance with osteoporosis treatment. BMC Women’s Health, 10(26), 1-8. doi: 10.1186/1472-6874-10-26.

Kanis, J., McCloskey, E., Johansson, H., Cooper, C., Rizzoli, R., & Reginster, J. (2012). European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women. Osteoporosis International, 24(1), 23-57. doi: 10.1007/s00198-012-2074-y.

Lacombe, J., Cairns, B., Green, J., Reeves, G., Beral, V., & Armstrong, M. (2016). The effects of age, adiposity, and physical activity on the risk of seven site-specific fractures in postmenopausal women. Journal of Bone and Mineral Research, 31(8), 1559-1568. doi: 10.1002/jbmr.2826

Langsetmo, L., Barr, S., Berger, C., Kreiger, N., Rahme, E., Adachi, J., … Goltzman, D. (2014). Associations of protein intake and protein source with mineral density and fracture risk. The Journal of Nutrition Health and Aging, 19(8), 861-868. doi:10.1007/s12603-015-0544-6.

National Osteoporosis Guideline Group. (2014). Osteoporosis clinical guideline for prevention and treatment. University of Sheffield .

Organização Mundial de Saúde. (2011). FRAX: Instrumento de avaliação do risco de fratura da OMS. Acedido em: https://www.shef.ac.uk/FRAX/tool.jsp?lang=pt.

Orimo, H., Nakamura, T., Hosoi, T., Iki, M., Uenishi, K., Endo, N., … Fujiwara S. (2012). Japanese 2011 guidelines for prevention and treatment of osteoporosis: Executive summary. Archives of Osteoporosis, 7(1), 3-20. doi: 10.1007/s11657-012-0109-9

Pavel, O., Popescu, M., Nova, L., Mogoanta, L., Pavel, L., Cicas, R., & Traistaru, M. (2016). Postmenopausal osteoporosis: Clinical, biological and histopathological aspects. Romanian Journal of Morphology and Embryology, 57(1), 121–130.

Pisani, P., Renna, M., Conversano, F., Casciaro, E., Paola, M., Quarta, E., … Casciaro, S. (2016). Major osteoporotic fragility fractures: Risk factor updates and societal impact. World Journal of Orthopedics, 7(3), 171-181. doi: 10.5312/wjo.v7.i3.171.

Portugal, Ministério da Saúde, Direção Geral da Saúde. (2011). Norma nº 027/2011 de 29/11/2011: Tratamento farmacológico da osteoporose pós-menopáusica. Acedido em http://www.dgs.pt/?cr=21174

Portugal, Ministério da Saúde, Direção Geral da Saúde. (2010 ). Norma 001/2010 de 30/9/2010: Prescrição da osteodensitometria na osteoporose do adulto. Acedido em http://www.dgs.pt/ms/8/paginaRegisto.aspx?back=1&id=16678

Rabenda, V., & Reginster, J.(2010). Overcoming problems with adherence to osteoporosis medication. Expert Review of Pharmacoeconomics & Outcomes Research, 10(6), 677– 689. doi: 10.1586/erp.

Rodrigues, A., Laires, P., Gouveia, N., Eusébio, M., Canhão, H., & Branco, J. C. (2015). Characterization of osteoporosis in Portugal: Treatment patterns and reasons for under-treatment and non-persistence with pharmacological treatments. Value Health, 18(7), 1-8.

Ross, S., Samuels, E., Gairy, K., Iqbal, S., Badamgarav, E., & Siris E. (2011). A meta-analysis of osteoporotic fracture risk with medication nonadherence. Value in Health, 14(4). 571-581. doi: 10.1016/j.jval.2010.11.010.

Silva, A., Rosa, M., Fernandes, B., Lumertz, S., Diniz, R., & Damiani, R. (2015). Factors associated with osteopenia and osteoporosis in women undergoing bone mineral density test. Sociedade Brasileira de Reumatologia, 55(3), 223-228. doi: 10.1016/j.rbr.2014.08.012.

Sumit, M., McAlister, F., Johnson, J., Bellerose, D., Siminoski, K., Hanley, D., … Rowe, B. (2012). Interventions to increase osteoporosis treatment in patients with incidentally detected vertebral fractures. The American Journal of Medicine, 125(9), 929-936. doi: 10.1016/j.amjmed.2012.02.021

Tandon, V., Sharma, S., Mahajan, S., Mahajan, A., Khajuria, V., & Gillani, Z. (2016). First Indian prospective randomized comparative study evaluating adherence and compliance of postmenopausal osteoporotic patients for daily alendronate, weekly risedronate and monthly ibandronate regimens of bisphosphonates. Journal of Mid-life Health,5(1), 29-33. doi: 10.4103/0976-7800.127788.

Touskova, T., Vytrisalova, M., Palicka, V., Hendrychova, T., Fuksa, L., Holcova, R., … Kubena, A. (2015). Drug holidays: The most frequent type of noncompliance with calcium plus vitamin D supplementation in persistent patients with osteoporosis. DovePress Journal, 9(1). 1771-1779. doi: 10.2147/PPA.S88630

Warriner A, Curtis J. (2010). Adherence to osteoporosis treatments: Room for improvement. Current Opinion in Rheumatology, 21(4), 356–362. doi: 10.1097/BOR.0b013e32832c6aa4

Downloads

Como Citar

Carvalho, M. J., Moreira, F., Pinho, C., & Cruz, A. (2016). Estudo da Osteoporose em mulheres portuguesas com mais de 50 anos: Análise dos fatores de risco e adesão à terapêutica. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, (1), 163–172. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/13939

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde