Prevalência e Determinantes do Risco de Queda em Idosos Institucionalizados

Autores

  • Rosa Martins Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde, ESSV, Instituto Politécnico de Viseu Portugal
  • Daniela Campos Centro Hospitalar Tondela-Viseu EPE, Portugal
  • Helena Moreira Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde, ESSV, Instituto Politécnico de Viseu Portugal
  • Carlos Albuquerque Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde, ESSV, Instituto Politécnico de Viseu Portugal
  • Ana Andrade Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde, ESSV, Instituto Politécnico de Viseu Portugal
  • Conceição Martins Centro de Estudos em Educação, Tecnologia e Saúde, ESSV, Instituto Politécnico de Viseu Portugal

Palavras-chave:

Idosos, Risco de queda, Institucionalização, Capacidade funcional, Equilíbrio

Resumo

Introdução: Os idosos institucionalizados apresentam risco de queda aumentado, quando comparado com os idosos não institucionalizados. A questão das quedas deve ser encarada como um grave problema de saúde pública, dadas as suas consequências e custos irreversíveis.

Objetivo: O estudo pretende avaliar o risco e os determinantes das quedas em idosos institucionalizados.

Método: Estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e quantitativo. Utilizou uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 136 idosos institucionalizados, com idades que oscilam entre os 65 anos e os 99 anos de idade, com uma média de idades de 85,98 anos.. Na colheita de dados foi utilizado um protocolo que integrava questões de caraterização sociodemográfica, contextual e clinica. Foram ainda utilizadas as escalas de Funcionalidade Familiar, Escala de Avaliação da Dependência nos Autocuidados e a Escala de Tinetti ( POMA I ).

Resultados: A maioria da amostra apresenta risco de queda, uma vez que cerca de 45,6% dos idosos apresenta elevado risco de queda, 16,2% médio risco e 38,2% baixo risco. Verificámos ainda que o risco de queda era maior nos idosos: do género feminino (p=0,014), com baixa literacia (p=0,000), com défice cognitivo (p=0,014), portadores de doenças neurológicas e osteoarticulares (p=0,000), e com diminuição da acuidade visual e auditiva. (p=0,010).

Conclusões: Inversamente, os idosos mais autónomos na marcha, na higiene pessoal e na toma da medicação eram aqueles que apresentam menor risco de queda.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, P., & Neves, R. (2013). As quedas e o medo de cair em pessoas idosas institucionalizadas. Revista Kairós Gerontologia, 15(5), 27-43.

Almeida, C. (2012). Risco de quedas nas UCCI do distrito de Viseu: Estudo comparativo escala de Morse e escala de Dowton (Dissertação de Mestrado, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal). Acedido em http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/1732

Barbosa, A., & Oliveira, C. (2012). Prevalência de quedas, fatores de risco e nível de atividade física em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, 9(1), 57-70.

Contreiras, T., Rodrigues, E., & Nunes, B. (2011). Acidentes domésticos e de lazer: Informação adequada: Relatório 2006-2008. Lisboa: INSA.

Carvalho, P., & Dias, O. (2011). Adaptação dos idosos institucionalizados. Millenium, 40, 161-184.

Drago, S., & Martins, R. (2012). A depressão no idoso. Millenium, 43, 70-94.

Freitas, E. V., & Py, L. (2011). Tratado de geriatria e gerontologia (3ªed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Ferreira, D., & Yoshitome, A. (2010). Prevalência de quedas de idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(6), 991-7.

Gomes, E., Marques, A., Leal, M., & Barros, B. (2014). Fatores associados ao risco de queda em idosos institucionalizados: Uma revisão integrativa. Ciências & Saúde Coletiva, 19(8), 3543-3551.

Gonçalves, D., Altermann, C., Vieira, A., Machado, A. P., Fernandes, R., Oliveira, A., & Mello-Carpes, P. B. (2014). Avaliação das funções cognitivas, qualidade de sono, tempo de reação e risco de queda em idosos institucionalizados. Estudos Interdisciplinares do Envelhecimento, 19(1), 95-108. Acedido em http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/26009/31003

Lord, S.R., Sherrinton, C., Menz, H.B., & Close J.C.T. (2007). Falls in older people: Risk factors and strategies for prevention (2ªed.).Cambridge: Cambridge University Press.

Paraíso, R. (2014). Fatores de risco de queda em idosos institucionalizados (Dissertação de mestrado, Universidade Nova de Lisboa, Portugal). Acedido em https://run.unl.pt/bitstream/10362/14227/1/Paraiso,%20Rita%20TM%202014.pdf

Peres, M. O. (2014). Os idosos institucionalizados: Estudo de algumas variáveis (Dissertação de mestrado, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal). Acedido em http://repositorio.ipcb.pt/handle/10400.11/2707

Portugal, Instituto Nacional de Estatística. (2014). Estatísticas demográficas 2013. Lisboa: INE, IP.

Portugal , Instituto Nacional de Estatística. (2015). As pessoas 2013. Lisboa: INE, IP.

Ribeiro, O., & Paul, C. (2011). Manual de envelhecimento ativo. Porto: Lidel.

Santos, A. M. M. (2012). Quedas em idosos institucionalizados (Dissertação de mestrado, Universidade da Beira Interior, Portugal). Acedido em http://ubibliorum.ubi.pt/handle/10400.6/1211

Silva, J. V. (2009). Processo de envelhecimento sobre múltiplos aspetos. São Paulo: Látria.

Silva, J., Camargo, R., Nunes, M., Camargo, T., Faria, C., & Abreu, L. (2014). Análise da alteração do equilíbrio, da marcha e o risco de queda em idosos participantes de um programa de fisioterapia. Revista E-Ciência, 2(2), 19-23.

Teixeira, C., Schmidt, F., Muraro, M., Meereis, E., & Gonçalves, M. (2014). Prevalência do risco de quedas em idosos de uma instituição de longa permanência de Santa Maria. Revista Kairós Gerontologia, 17(1), 46-56.

World Health Organization. (2007). WHO global report on falls prevention in older age. Genève: WHO Press.

Downloads

Como Citar

Martins, R., Campos, D., Moreira, H., Albuquerque, C., Andrade, A., & Martins, C. (2016). Prevalência e Determinantes do Risco de Queda em Idosos Institucionalizados. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, (1), 185–192. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/13941

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde