Competências linguísticas requeridas pelos empregadores portugueses nos últimos 40 anos: o caso dos profissionais de secretariado
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill024e.18033Palavras-chave:
Línguas, anúncios de emprego, competências, secretariado/apoio à gestãoResumo
Introdução: Com a internacionalização e a globalização, as competências em línguas são cada vez mais úteis no mercado laboral, sobretudo em funções com relações com outros mercados, como é o caso do secretariado/apoio à gestão.
Objetivos: Identificar e analisar as competências linguísticas solicitadas em anúncios de emprego para profissionais de secretariado/apoio à gestão.
Métodos: Estudo de 844 anúncios de emprego, para secretariado/apoio à gestão, publicados no Jornal Expresso (1978-2018), em março. Analisaram-se os eventuais requisitos relativos a competências linguísticas presentes em cada anúncio. Estudaram-se os dados globalmente e em termos de evolução temporal.
Resultados: 78,8% dos anúncios analisados têm requisitos de línguas, dominando aqueles em que se pedem duas línguas. As línguas estrangeiras mais requeridas são o Inglês e o Francês. Em 67,2% das referências há menção explícita à oralidade/escrita. Há grande diversidade de formulações referentes ao nível de proficiência procurado, prevalecendo os pedidos de “Domínio” para o Inglês, Francês e Alemão e de “Conhecimentos/conhecimentos satisfatórios” para o Espanhol.
Conclusões: As competências linguísticas são fundamentais para os profissionais de secretariado/apoio à gestão. Estes devem ter bons conhecimentos na língua materna e em pelo menos duas línguas estrangeiras, nas quais devem revelar bons níveis de proficiência.
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