Viabilidade da produção de CDR proveniente de uma instalação de TMB
características técnicas e económicas
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0205e.38.00323Palavras-chave:
CDR, gestão de resíduos sólidos, TMB, energia, economia circularResumo
Introdução: Em Portugal, o Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos define as estratégias de gestão para o período 2015-2020. De acordo com este plano que reconhece o resíduo como um recurso, pretende-se responder aos novos desafios no domínio da gestão integrada de resíduos e ciclo de vida dos materiais.
Objetivos: Caracterizar, de forma qualitativa e quantitativa, as linhas do rejeitado de uma unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) de um Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos; Analisar o combustível derivado de resíduos (CDR) produzidos a partir do respetivo rejeitado.
Métodos: O trabalho iniciou-se com a caracterização física do rejeitado, fazendo uma triagem manual da amostra recolhida e a partir destes materiais produziu-se CDR o qual foi caracterizado de acordo com os documentos normativos relacionados.
Resultados: Cerca de 240 ton de rejeitado são produzidos diariamente, onde 29% é papel/cartão, 6% é plástico e 59% são têxteis, madeira e outros materiais com potencial energético. O CDR obtido teve, em termos médios, valores expressos em base tal e qual, teor de humidade de 33%, teor de cinzas de 15,5% e poder calorífico de 24,1 MJ/kg, com a concentração de cloro de 0,75%, ligeiramente superior ao encontrado na bibliografia. Relativamente à concentração de mercúrio obteve-se 0,004 mg/MJ. Em relação à concentração de metais vestigiais presentes na amostra, e comparativamente aos registos bibliográficos, estes encontram-se dentro do esperado.
Conclusões: Tendo por base a norma NP 4486:2008, é possível considerar-se o CDR como eventual substituto de combustível fóssil numa central de biomassa para produção de energia.
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Referências
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