Caracterização pós-colheita do setor da avelã

Autores

  • Ana Cristina Ferrão Silva CI&DETS/CERNAS Research Centres, Polytec Polytechnic Institute of Viseu, CI&DETS/CERNAS Research Centres, Viseu, Portugal
  • Raquel Guiné Polytechnic Institute of Viseu, CI&DETS/CERNAS Research Centres, Viseu, Portugal
  • Margarida Rodrigues Coopenela, Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, CRL, Penedono, Portugal
  • Rui Droga Coopenela, Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, CRL, Penedono, Portugal
  • Paula Correia Polytechnic Institute of Viseu, CI&DETS/CERNAS Research Centres, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2023-4475

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0206e.01.00344

Palavras-chave:

avelã, indústria, pós-colheita, práticas, produtores

Resumo

Introdução: A avelã é um dos frutos secos mais consumidos no mundo, estando o seu consumo associado a inúmeros benefícios para a saúde.

Objetivos: Este estudo teve como objetivo analisar as práticas pós-colheita no setor da avelã numa amostra de produtores portugueses residentes no distrito de Viseu e também na única indústria portuguesa neste setor.

Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo em uma amostra de 11 participantes (10 produtores de avelãs e a única indústria de avelãs em Portugal). Os questionários foram aplicados presencialmente após consentimento informado apenas a adultos (18 anos ou mais).

Resultados: Os resultados obtidos mostraram que 80,0% dos participantes tinham o seu avelanal na forma de pomar, com áreas inferiores 10 hectares e, na maioria dos casos, com 20 anos ou mais. As principais variedades utilizadas pelos produtores foram Grada de Viseu e Segorbe. Para a indústria, as principais variedades foram Grada de Viseu, Ennis e Tonda de Giffoni. Para a maioria dos participantes (87.5%) a colheita era feita de forma manual, sendo o armazenamento dos frutos eito essencialmente em armazéns à temperatura ambiente e sem controlo de humidade relativa. No caso da indústria, o miolo de avelã era armazenado a uma temperatura controlada (0-10 °C) e com controlo da humidade relativa (<70%). O material utilizado para transporte/venda diferia entre a indústria e os produtores.

Conclusões: Este estudo clarifica as práticas pós-colheita, bem como algumas das dificuldades sentidas pelos produtores de avelã que participaram neste estudo.

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Publicado

2020-12-09

Como Citar

Ferrão, A. C., Guiné, R., Rodrigues, M., Droga, R., & Correia, P. (2020). Caracterização pós-colheita do setor da avelã . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(6e), 11–20. https://doi.org/10.29352/mill0206e.01.00344

Edição

Secção

Ciências agrárias, alimentares e veterinárias