Benefícios em saúde para mulheres grávidas seguidas por enfermeiros obstetras versus médicos de família
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0210e.26395Palavras-chave:
cuidados pré-natais, enfermeiro obstetra, médico de família, gravidezResumo
Introdução: A gravidez é um momento de grandes emoções e novos desafios que todas as mulheres atravessam de forma diferente. As mulheres escolhem diferentes profissionais de saúde para acompanhar a sua gravidez. Por conseguinte, é essencial explorar os benefícios da monitorização da gravidez por um enfermeiro obstetra, promovendo a adesão a este modelo de acompanhamento.
Objetivo: Identificar os benefícios do acompanhamento da gravidez fisiológica por enfermeiros obstetras em comparação com os médicos de família.
Métodos: Revisão integrativa da literatura na qual foram incluídos seis artigos e analisados exaustivamente para responder ao objetivo delineado. A pesquisa inicial cobriu o período de 2015 a 2021 e utilizou as palavras-chave "cuidados pré-natais", "enfermeiro obstetra", e "parto". 393 artigos foram recuperados e reduzidos a seis considerando os critérios de inclusão. A revisão integrativa foi descritiva e centrou-se na extração dos resultados que responderam à questão da investigação.
Resultados: Foram identificados vários benefícios da monitorização da gravidez por um enfermeiro obstetra em comparação com a mesma monitorização por um médico de família: uma diminuição da taxa de cesarianas, um aumento dos partos vaginais espontâneos, uma redução dos partos prematuros, uma redução das intervenções realizadas durante o parto, e uma melhoria da saúde emocional das mulheres grávidas.
Conclusão: Estes resultados identificam os potenciais benefícios do acompanhamento da gravidez fisiológica por enfermeiros obstetras em comparação com os médicos de família, o que pode ajudar as grávidas a tomar uma decisão informada e consciente sobre o seguimento da sua gravidez, tendo em conta os ganhos para a sua saúde e para o seu recém-nascido. Os gestores de saúde também podem utilizar estes resultados para melhorar a gestão dos recursos humanos.
Downloads
Referências
Allen, J., Kildea, S., & Stapleton, H. (2016). How optimal caseload midwifery can modify predictors for preterm birth in young women: integrated findings from a mixed-methods study. Midwifery, 41, 30-8. https://doi:10.1016/j.midw.2016.07.012
Alves, C., Mendes, J., Azevedo, A., & Correia, T. (2019). O impacto do modelo de parteira em gravidez de baixo risco: a experiência internacional. In XII Jornadas de Obstetrícia. Famalicão: CESPU – Escola Superior de Saúde de Vale do Ave.
Assembleia da República. (2012). Relatório Final - Petição n.39/XII/1.ª. Retrieved from: https://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684a5355786c5a793944543030764f554e544c305276593356745a57353062334e515a585270593246764c7a526c5a6a4a6a4d7a466c4c5441335a6a63744e44646c5a6931685a54646b4c57526a4d3249785a6a6333596a51784e4335775a47593d&fich=4ef2c31e-07f7-47ef-ae7d-dc3b1f77b414.pdf&Inline=true. Accessed July 20, 2021.
Carneiro, M. (2004). Ajudar a nascer: parteiras, saberes obstétricos e modelos de formação. (Tese de doutoramento. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Saúde, Universidade do Porto, Portugal. Retrieved from: https://repositorioaberto.up.pt/handle/10216/108390. Accessed July 20, 2021.
De Jonge, A., Peters, L., Geerts, C., van Roosmalen, J., Twisk, J., Brocklehurst, P., & Hollowell, J. (2017). Mode of birth and medical interventions among women at low risk of complications: a cross-national comparison of birth settings in England and the Netherlands. PLOS ONE, 12(7). https://doi:10.1371/journal. pone.0180846
Direção-Geral da Saúde. (2016). Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco. Lisboa: DGS. Retrieved from: https://www.dgs.pt/em-destaque/programa-nacional-para-a-vigilancia-da-gravidez-de-baixo-risco.aspx. Accessed July 20, 2021.
European Parliament and Council. (2005). European Directive 2005/36/CE on the recognition of professional qualifications. Retrieved from: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=CELEX%3A02005L0036-20200424. Accessed July 20, 2021.
Fenwick, J., Toohill, J., Gamble, J., Creedy, D., Buist, A., Turkstra, E., Sneddon, A., Scuffham, P., & Ryding. E. (2015). Effects of a midwife psycho-education intervention to reduce childbirth fear on women's birth outcomes and postpartum psychological well-being. BMC Pregnancy and Childbirth, 15, 284. https://doi.org/10.1186/s12884-015-0721-y
Galvão, T., & Pereira, M. (2014). Revisões sistemáticas da literatura: passos para sua elaboração. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 23(1), 183-184. Retrieved from: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742014000100018. Accessed July 20, 2021.
Gama, S., Viellas, E., Torres, J., Bastos, M., Brüggemann, O., Filha, M., Schilithz, A., & Leal, M. (2016). Labor and birth care by nurse with midwifery skills in Brazil. Reproductive Health, 13, 123. https://doi.org/10.1186/s12978-016-0236-7
Hildingsson, I., Karlströmb, A., & Larsson, B. (2021). Childbirth experience in women participating in a continuity of midwifery care project. Women and Birth: Journal of the Australian College of Midwives, 34(3), e255–e261. https://doi.org/10.1016/j.wombi.2020.04.010
Hildingsson, I., Rubertsson, C., Karlström, A., & Haines, H. (2018). Caseload midwifery for women with fear of birth is a feasible option. Sexual & Reproductive Healthcare, 16, 50-5. https://doi.org/10.1016/j.srhc.2018.02.006
Kuiper, R., O’Donnell, S., Pesut, D., & Turrise, S. (2017). The essentials of clinical reasoning for nurses: Using the outcome-present state-model for reflective practice. Indianapolis, Brasil: Sigma Theta Tau International. ISBN: 9781945157097.
Long, H., French, D., & Brooks, J. (2020). Optimising the value of the critical appraisal skills programme (CASP) tool for quality appraisal in qualitative evidence synthesis. Research Methods in Medicine & Health Sciences, 1(1), 31-42. Retrieved from: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2632084320947559. Accessed July 20, 2021.
McLachlan, H., Forster, D., Davey, M., Farrell, T., Gold, L., Biro, M., Albers, L., Flood, M., Oats, J., & Waldenström, U. (2012). Effects of continuity of care by a primary midwife (caseload midwifery) on caesarean section rates in women of low obstetric risk: the COSMOS randomized controlled trial. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 119(12), 1483- 92. https://10.1111/j.1471-0528.2012.03446.x
Ordem dos Enfermeiros. (2015). Livro de bolso: enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica / parteiras. Retrieved from: https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/publicacoes/Documents/LivroBolso_EESMO.pdf. Accessed July 20, 2021.
Ordem dos Enfermeiros. (2010). Parecer nº 03/2010. Retrieved from: https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/colegios/Documents/Parecer3_MCEESMO.pdf. Accessed July 20, 2021.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). (2019). Health at a Glance. Retrieved from: https://www.oecd-ilibrary.org/social-issues-migration-health/health-at-a-glance-2019_4dd50c09-en. Accessed July 20, 2021.
Page, M., McKenzie, J., Bossuyt, P., Boutron, I., Hoffmann, T., Mulrow, C., Shamseer, L., Tetzlaff, J., Akl, E., Brennan, S., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J., Hróbjartsson, A., Lalu, M., Li, T., Loder, E., Mayo-Wilson, E., McDonald, S., McGuinness, L., Stewart, L., Thomas, J., Tricco, A., Welch, V., Whiting, P., & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. PLOS Medicine, 372. https://doi.org/10.1136/bmj.n71
Pordata. (2021). Número de habitantes por médico e por outro pessoal de saúde. Retrieved from: https://www.pordata.pt/Portugal/N%c3%bamero+de+habitantes+por+m%c3%a9dico+e+por+outro+pessoal+de+sa%c3%bade-640-4179. Accessed July 420, 2021.
Rosenstein, M., Nijagal, M., Nakagawa, S., Gregorich, S., & Kuppermann, M. (2015). The association of expanded access to a collaborative midwifery and laborist model with cesarean delivery rates. Obstetrics & Gynecology, 126(4), 716-23. doi:10.1097/AOG.0000000000001032
Sandall, J., Soltani, H., Gates, S., Shennan, A., & Devane, D. (2016). Midwife-led continuity models versus other models of care for childbearing women. Cochrane Database of Systematic Reviews 4(4), CD004667. https://10.1002/14651858.CD004667.pub5.
Sousa, L., Marques-Vieira, C., Severino, S., & Antunes, A. (2017). A metodologia de revisão integrativa da literatura em enfermagem. Revista de Investigação em Enfermagem, 2ª série (21), 17-26.
Symon, A., Pringle, J., Cheyne, H., Downe, S., Hundley, V., Lee, E., Lynn, F., McFadden, A., McNeill, J., Renfrew, M., Ross-Davie, M., van Teijlingen, E., Whitford, H., & Alderdice, F. (2016). Midwifery-led antenatal care models: mapping a systematic review to an evidence-based quality framework to identify key components and characteristics of care. BMC Pregnancy and Childbirth, 16, 168. https://10.1186/s12884-016-0944-6
Valadan, M., Shariat, M., Rezaei, Z., Hagholahi, F., Sheikholeslami, G., & Bandegi, P. (2015). A comparative study on quality of life and sexual function after vaginal delivery and Cesarean section. Nursing Practice Today, 1(4), 176-182.
White, J., & Queirós, F. (2018). Reconcilable differences? Portuguese obstetricians’ and midwives’ contrasting perspectives on childbirth, and women’s birthing experiences. Etnografica, 22(3), 643-68. https://doi.org/10.4000/etnografica.6041
World Health Organization. (2018). WHO recommendations non-clinical interventions to reduce unnecessary cesarean sections. Geneva: World Health Organization. ISBN 978-92-4-155033-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)