O contributo das competências emocionais nos processos de mudança organizacional em contexto de teletrabalho
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0219.27270Palavras-chave:
mudança, resistência, teletrabalho, competências emocionaisResumo
Introdução: As organizações passam por constantes alterações, ultimamente, e mais transversais a todas, foram as alterações exigidas devido à COVID-19, que levaram à colocação de colaboradores na modalidade de teletrabalho.
Objetivos: Descrever as competências emocionais nos processos de mudança organizacional em contexto de teletrabalho, e identificar de que forma as competências emocionais se relacionam com a resistência à mudança organizacional.
Método: O estudo de caráter descritivo, quantitativo e correlacional, levado a cabo com uma amostra de 115 trabalhadores oriundos de diferentes ramos empresariais.
Resultados: Verificou-se a existência de correlação entre a rigidez cognitiva e as competências emocionais. Também foi possível concluir que as competências emocionais não têm influência nos processos de mudança em contexto de teletrabalho.
Conclusão: Os inquiridos revelaram uma baixa resistência à mudança e um nível elevado de competências emocionais, o que pode ter contribuído para uma melhor adaptação a esta modalidade de trabalho.
Downloads
Referências
Abreu, J. (2013). Afectos, Emoções e Conceitos Aparentados. Revista do Serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, 11(1), 46-51.
Alves, J., Ribeiro, C., & Campos, S. (2012). A inteligência emocional em enfermeiros responsáveis por serviços hospitalares. Revista de Enfermagem Referência, 3(7), 33-42.
Andrade, D., Gouveia, V., Mendes, L., & Vincenzi, S. (2016). Escala de Resistência à Mudança (RAM): Construção, Evidências Psicométricas e Versão Reduzida. PsicoUSF, 21(3), 471-486.
Ardichvili, A., Mitchell, J., & Jondle, D. (2009). Characteristics of Ethical Business Cultures. Journal of Business Ethics, 85, 445-451.
Ashforth, B., & Humphrey, R. (1995). Emotion in the workplace: A reappraisal. Human Relations, 48(2), 97-125.
Bar-On, R. (2006). The Bar-On Model of Emotional-Social Intelligence.In P.Fernández-Berrocal and N.Extremera (Guest Editors), Special Issue on Emotional Intelligence. Psicothema, 17, 1-28. Retrieved from: https://www.psicothema.com/pdf/3271.pdf
Bartunek, J., & Moch, M. (1994). Third-Order Organizational Change and the Western Mystical Tradition. Journal of Organizational Change Management, 7(1), 24-41. DOI:10.1108/09534819410050795
Bisquerra, R. (2014). Educación emocional e interioridad. In: López, L. (Ed.). Maestros del corazón. Hacia una pedagogía de la interioridad. Wolters Kluwe.
Bortolotti, L. (2010). Resistência à mudança organizacional: medida de avaliação por meio da teoria da resposta ao item. (Tese de doutoramento). Universidade Federal de Santa Catarina. São Paulo, Brasil.
Carlson, S. (2009). Social origins of executive function development. In: Lewis, C., & Carpendale, J. I. M. (Eds), Social interaction and the development of executive function. New Directions in Child and Adolescent Development, 123, 81-97.
Chan, A., Hooi, L., & Ngui, K. (2021). Do digital literacies matter in employee engagement in the digitalised workplace?. Journal of Asia Business Studies, 15(3), 523-540. DOI:10.1108/JABS-08-2020-0318
Cherkowski, S., Kutsyuruba, B., Walker, K., & Crawford, M. (2021). Conceptualising leadership and emotions in higher education: wellbeing as wholeness. Journal of Educational Administration & History, 53(2), 158-171. https://doi.org/10.1080/00220620.2020.1828315
Chiavenato, I. (2004). Introdução à Teoria Geral da Administração. Elsevier.
Crozatti, J. (1998). Modelo de Gestão e Cultura Organizacional-Conceitos e Interacções. Cadernos de Estudos, 10(18), 1-20. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-92511998000200004
Decreto do Presidente da República nº. 14-A/2020 de 18 de março (2020). Diário da República: I Série, nº. 55. Retrieved from: https://dre.pt/pesquisa/-/search/130399862/details/maximized
Degbey, W. & Einola, K. (2020). Resilience in Virtual Teams: Developing the Capacity to Bounce Back, An International Review, 69(4), 1301-1337. https://doi.org/10.1111/apps.12220
Deloitte (2020). Remote Work Snapshot. Retrieved from: https://www2.deloitte.com/pt/pt.html
Duck, J. (1993). Managing Change: The Art of Balancing: Harvard Business Review. Retrieved from: https://hbr.org/1993/11/managing-change-the-art-of-balancing
Elyousfi, F., Anand, A., & Dalmasso, A. (2021). Impact of e-leadership and team dynamics on virtual team performance in a public organization, International Journal of Public Sector Management, 34(5), 508-528. DOI:10.1108/IJPSM-08-2020-0218
Ford, J., & Ford, L. (1994). The Role of Conversations in Producing Intentional Change in Organization. The Academy of Management Review, 20(3), 541-570. https://doi.org/10.2307/258787
Galpin, T. (1996). O Lado Humano da Mudança. Edições Silabo.
Goleman, D. (1995). Emotional Intelligence: Why it can matter more than IQ. Bloomsbury Publishing.
Goleman, D. (1998). Trabalhar com Inteligência Emocional. Círculo dos Leitores.
Greenwood, R., & Hinings, C. (1996). Understanding Radical Organizational Change: Bringing Together the Old and the New Institutionalism. The Academy of Management Review, 21(4),1022-1054. https://doi.org/10.2307/259163
Huy, Q. (1999). Emotional Capability, Emotional Intelligence and Radical Change. Academy of Management Review, 24(2), 325- 345.
International Labour Organization (2020). Telework. Online training series International and EU Labour Standards Background paper. https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---europe/---ro-geneva/---sro-budapest/documents/genericdocument/wcms_753334.pdf
Küpers, W., & Weibler, J. (2008). Emotions in organisation: an integral perspective. International Journal of Work organisation and Emotion, 2(3), 256-287. DOI:10.1504/IJWOE.2008.019426
Losekann, R., & Mourão, H. (2020). Desafios do Teletrabalho na pandemia COVID-19: Quando o Home vira Office. Caderno de Administração, 28, 71-75. DOI: https://doi.org/10.4025/cadadm.v28i0.53637
Luz, R. (2003). Gestão do Clima Organizacional: Proposta de Critérios para Metedologia de diagnóstico, Mensuração e Melhoria. Estudo de Caso em Organizações Nacionais e Multinacionais Localizadas na Cidade do Rio de Janeiro. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil.
Mayer, J., & Salovey, P. (1997). What is emotional intelligence? Emotional development and emotional intelligence: educational implications. Basic Books.
Mayer, J. D., Salovey, P., Caruso, D. R., & Sitarenios, G. (2001). Emotional intelligence as a standard intelligence. Emotion, 1(3), 232-242. https://doi.org/10.1037/1528-3542.1.3.232
Mendes, J., & Machado, C. (2003). Resistência às tecnologias de informação e estratégias de superação-Estudo de caso de implementação do SAP R/3. Portuguese Journal of Manegement Studies, 8(1), 41-58. Retrieved from: https://ejms.iseg.ulisboa.pt/files/2003-Resistencia_as_tecnologias_de_informacao_e_estrategias_de_superacao-estudo_de_caso_da_implementacao_do_SAP_R3.pdf
Mossholder, K., Setton, R., Armenakis, A., & Harris, S. (2000). Emoting During Organizational Transformations Na Interactive Modelo of survivor reactions. Group & Organizations Management, 25(3), 220-243. https://doi.org/10.1177/105960110025300
Nadler, D., & Tushman, M. (1989). Organizational Frame Bending: Principles for Managing Reorientation. The Academy of Management, 3(3), 194-204. Retrieved from: https://www.jstor.org/stable/4164899
Nery, V. (2016). Atributos da Mudança Organizacional: sua influência sobre as Atitudes, as Respostas Comportamentais e o Bem-estar no trabalho. (Tese de Doutoramento). Universidade de Brasília, Brasil.
Oreg, S. (2003). Resistance to change: Developing an individual differences measure. Journal of Applied Psychology, 88(4), 680- 693. https://doi.org/10.1037/0021-9010.88.4.680
Oreg, S. (2006). Personality, context and resistance to organizational change. European Journal of Work and Organizational Psychology, 15, 73-101. https://doi.org/10.1080/13594320500451247
Piderit, S. (2000). Rethinking Resistance and Recognizing Ambivalence: A Multidimensional View of Attitudes Toward an Organizational Change. The Academy of Management Review, 25,783-794. https://doi.org/10.5465/amr.2000.3707722
Rendinha, M. (2009). Relações Atípicas de Emprego. (Tese de Doutoramento). Universidade do Porto. Porto. Retrieved from: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/121077/2/341970.pdf
Resende, P. (2020). Subordinação Jurídica no Teletrabalho. Estudos Avançados em Direito de Trabalho. Retrieved from: https://www.bernardinoresende.com/xms/files/Publicacoes/Teletrabalho_-_Subordinacao_Juridica.pdf
Robbins, S. (2006). Comportamento Organizacional (11ª Ed.). Pearson Education.
Santos, N., & Faria, L. (2005). Inteligência emocional: Adaptação do “Emotional Skills and Competence Questionnaire” (ESCQ) ao contexto português. Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2, 275-289. Retrieved from: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/668/1/275-289FCHS2005.pdf
Schein, E. (1996). Culture: The Missing Concept in Organization studies. Administrative Science Quarterly, 41(2), 229-240. https://doi.org/10.2307/2393715
Sousa, D. (2016). O enquadramento legal do teletrabalho em Portugal. Revista Dereccho Social y Empresa, 6, 1-18.
Takšić, V. (2000). Convergent and divergent validity of the Emotional Skills and Competence Questionnaire. Paper presented at the 12th Days of Psychology, Zadar, Croatia
Yoganathan, V., Osburg, V., & Bartikowski, B. (2021). Building better employer brands through employee social media competence and online social capital. Psychology & Marketing, 38(3), 524-536. https://doi.org/10.1002/mar.21451
Waddell, D., & Sohal, A. (1998). Resistence: a constructive tool for change manegement. Manegement Decision, 8, 543-548. Retrieved from: http://www.adaptivecycle.nl/images/Resistance_a.pdf
Watson, G. (1971). Resistance to change. The American Behavioral Scientist, 14(5), 745-766. https://doi.org/10.1177/000276427101400507
Weick, K., & Quinn, R. (1999). Organizational Change and Development. Annual Review of Psychology, 50, 361-386. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.50.1.361
Wiens, K., & Rowell, D. (2018). How to Embrace Change Using Emotional Intelligence. Harvard Business Review. Retrieved from: https://hbr.org/2018/12/how-to-embrace-change-using-emotional-intelligence
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)