Propriedades psicométricas da escala de avaliação de atitudes durante o processo de recuperação do autocuidado
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0220.28177Palavras-chave:
atitudes, validação; autocuidado; escala de avaliaçãoResumo
Introdução: Após um evento crítico, que deixou a pessoa dependente nas atividades de autocuidado, o seu processo de recuperação é influenciado pelas emoções e atitudes que a pessoa adota.
Objetivos: Construir um instrumento que permita avaliar as atitudes e os fatores emocionais com maior impacto na recuperação, de uma pessoa dependente nas atividades básicas de autocuidado.
Métodos: estudo metodológico que visa descrever a construção e validação das propriedades métricas da Escala de Avaliação de Atitudes durante o processo de recuperação do autocuidado. Os dados foram recolhidos num hospital e duas unidades de cuidados continuados integrados entre outubro de 2019 e dezembro de 2020. Participaram 118 pessoas, com dependência, nas atividades básicas de autocuidado.
Resultados: Uma estrutura quadridimensional com 37 itens apresentou características psicométricas de validade adequadas após uma análise fatorial exploratória. O coeficiente alfa de Cronbach variou entre 0,84 e 0,96, sugerindo uma boa consistência interna.
Conclusões: A avaliação dos distúrbios emocionais e das atitudes da pessoa, com deficit no autocuidado, durante o processo de recuperação, contribui para um reconhecimento e planeamento mais efetivo e integrado das necessidades de cuidados, garantindo maior qualidade e uma adaptação mais personalizada. A replicabilidade e validação dessa medida em outros contextos, países e culturas, podem contribuir para uma análise mais fundamentada das atitudes da pessoa com dependência no autocuidado, durante o processo de recuperação após um evento incapacitante.
Downloads
Referências
Ahn, S., Mathiason M. A., Lindquist R., & Yu, F. (2021). Factors predicting episodic memory changes in older adults with subjective cognitive decline: A longitudinal observational study. Geriatric nursing (New York, N.Y.),42(1), 268–275. https://doi.org/10.1016/j.gerinurse.2020.08.016.
Ajzen, I. (2020). The theory of planned behavior: Frequently asked questions. Human Behavior and Emerging Technologies, 2(4), 314–324. https://doi.org/10.1002/hbe2.195.
Anthoine, E., Moret, L., Regnault, A., Sébille, V., & Hardouin, J. B. (2014). Sample size used to validate a scale: A review of publications on newly-developed patient reported outcomes measures. Health and quality of life outcomes, 12, 176. https://doi.org/10.1186/s12955-014-0176-2.
Backman, K., & Hentinen, M. (1999). Model for the self-care of home-dwelling elderly. Journal of advanced nursing, 30(3), 564–572. https://doi.org/10.1046/j.1365-2648.1999.01125.x.
Boateng, G. O., Neilands, T. B., Frongillo, E. A., Melgar-Quiñonez, H. R., & Young, S. L. (2018). Best Practices for Developing and Validating Scales for Health, Social, and Behavioral Research: A Primer. Frontiers in Public Health, 6. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpubh.2018.00149.
Ferreira, O. G. L., Maciel, S. C., Costa, S. M. G., Silva, A. O., & Moreira, M. A. S. P. (2012). Envelhecimento Ativo e Sua Relação Com a Independência Funcional. Texto e Contexto Enfermagem,21, 513–8.https://doi.org/10.1590/S0104-07072012000300004.
Ferreira, P. C. S., Tavares, D. M. S., & Rodrigues, R. A. P. (2011). Sociodemographic characteristics, functional status and morbidity among older adults with and without cognitive decline. Acta Paulista Enfermagem, 24(1), 29–35. https://doi.org/10.1590/s0103-21002011000100004.
Fraser, S.A., Kenyon, V., Lagacé, M., Wittich, W., & Southall, K. E. (2016). Stereotypes associated with age-related conditions and assistive device use in Canadian media. The Gerontologist,56(6), 1023–1032. https://doi.org/10.1093/geront/gnv094.
Greaney, A.-M., & Flaherty, S. (2020). Self-care as care left undone? The ethics of the self-care agenda in contemporary healthcare policy. Nursing Philosophy: An International Journal for Healthcare Professionals, 21(1), e12291. https://doi.org/10.1111/nup.12291
Greaves, C. J.,& Campbell, J. L. (2007). Supporting self-care in general practice. The British Journal of General Practice, 57(543), 814-821.
Hair, J. F., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Black, W. C. (2018). Multivariate Data Analysis (8.a ed.). Cengage.
Hinkin, T. R., Tracey, J. B., & Enz, C. A. (1997). Scale construction: Developing reliable and valid measurement instruments. Journal of Hospitality & Tourism Research, 21(1), 100-120. https://doi.org/10.1177/109634809702100108
Hubbard, I., Wass, S., & Pepper, E. (2017). Stroke in Older Survivors of Ischemic Stroke: Standard Care or Something Different? Geriatrics, 2(2), 18. https://doi.org/10.3390/geriatrics2020018.
ICNP (2017). International Classification for Nursing Practice . https://www.icn.ch/what-we-do/projects/ehealth/icnp-browser.
Kline, R. B. (2016). Principles and practice of structural equation modeling (4th ed.). Guilford Press.
Kralik D., Price K., & Telford K., (2010). The meaning of self-care for people with chronic illness. Journal of Nursing and Healthcare of Chronic Illness, 2(3),197–204. https://doi.org/10.1111/j.1752-9824.2010.01056.x.
Lourenço, M. C. G. (2015). A Promoção da Autonomia da Pessoa Dependente para o Autocuidado: Modelo de Intervenção de Enfermagem em Cuidados Continuados. [DoctoralThesis]. https://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/20685
Meleis, A. I., Sawyer, L. M., Im, E. O., Hilfinger Messias, D. K., & Schumacher, K. (2000). Experiencing transitions: An emerging middle-range theory. ANS. Advances in Nursing Science, 23(1), 12–28. https://doi.org/10.1097/00012272-200009000-00006.
Meleis, A. I., 2010. Transitions theory: middle-range and situation-specific theories in nursing research and practice. Springer Publishing Company.
Moilanen, T., Kangasniemi, M., Papinaho, O., Mynttinen, M., Siipi, H., Suominen, S., & Suhonen, R. (2021). Older people’s perceived autonomy in residential care: An integrative review. Nursing Ethics, 28(3), 414–434. https://doi.org/10.1177/0969733020948115
Moorhead, S., Johnson, M., Maas, M. L., & Swanson, E. (2013). Nursing Outcomes Classification (NOC) (5.a ed.). Mosby.
Parente, P., Costa, A., Pereira, S., Machado, P., Martins, T., Pereira, F., & Silva, A. (2022). Self-Care Dependency Evaluation Form: Psychometric properties of the revised version with 27 items. Scandinavian journal of caring sciences,36(1), 90–99. https://doi.org/10.1111/scs.12966.
Pestana, M. H., & Gagueiro, J. N.(2014). Análise de Dados para Ciências Sociais, a Complementaridade do SPSS (6.a ed.). Edições Sílabo.
Pryor, J. (2009). Coaching patients to self-care: A primary responsibility of nursing. International Journal of Older People Nursing, 4(2), 79–88. https://doi.org/10.1111/j.1748-3743.2008.00148.x
Riegel, B., Dunbar, S. B., Fitzsimons, D., Freedland, K. E., Lee, C. S., Middleton, S., Stromberg, A., Vellone, E., Webber, D. E., & Jaarsma, T. (2019). Self-care research: Where are we now? Where are we going? International Journal of Nursing Studies, 116, 103402. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2019.103402.
Schemitsch, C., & Nauth, A. (2020). Psychological factors and recovery from trauma. Injury, 51 Suppl 2, S64–S66. https://doi.org/10.1016/j.injury.2019.10.081
Silva, E. S. A. (2020). A pessoa dependente no autocuidado com potencial para melhorar: Construção de um instrumento de avaliação [MasterThesis]. https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/31954
Committee on the Learning Health Care System in America & Institute of Medicine. (2013). Best Care at Lower Cost: The Path to Continuously Learning Health Care in America (M. Smith, R. Saunders, L. Stuckhardt, & J. M. McGinnis, Eds.). National Academies Press (US). http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK207225/
Tsang, S., Royse, C. F., & Terkawi, A. S. (2017). Guidelines for developing, translating, and validating a questionnaire in perioperative and pain medicine. Saudi Journal of Anaesthesia, 11(Suppl 1), S80–S89. https://doi.org/10.4103/sja.SJA_203_17
Webber, D., Guo, Z., & Mann, S. (2013) Self-care in health: we can define it, but should we also measure it? Selfcare Journal, 4, 101–6.
Whitson, H. E., Duan-Porter, W., Schmader, K. E., Morey, M. C., Cohen, H. J., & Colón-Emeric, C. S. (2016). Physical Resilience in Older Adults: Systematic Review and Development of an Emerging Construct. The Journals of Gerontology. Series A, Biological Sciences and Medical Sciences, 71(4), 489–495. https://doi.org/10.1093/gerona/glv202
World Health Organization (WHO). Regional Office for South-East Asia. (2009). Self-care in the context of primary health care. WHO Regional Office for South-East Asia. https://apps.who.int/iris/handle/10665/206352.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)
