O guarda-redes de andebol como primeiro participante no processo ofensivo

Autores

  • António Azevedo Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação de Viseu, Viseu, Portugal CI&DEI - Centro de Estudos em Educação e Inovação, Viseu, Portugal | http://orcid.org/0000-0002-6325-0475
  • João Branco Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação de Viseu, Viseu, Portugal http://orcid.org/0009-0005-4053-7376
  • Rafael Ribeiro Académico de Viseu Futebol Clube, Viseu, Portugal
  • Paulo Eira Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação de Viseu, Viseu, Portugal | CI&DEI - Centro de Estudos em Educação e Inovação, Viseu, Portugal http://orcid.org/0000-0003-1370-0236

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0214e.28718

Palavras-chave:

andebol; guarda-redes; processo ofensivo; treinador; treino

Resumo

Introdução: A modalidade de Andebol tem sofrido constante evolução por força de uma multiplicidade de transformações que decorrem das dimensões física e tática, assim como das resultantes de interpretações das componentes da estrutura ou lógica interna do jogo, como é o caso do seu regulamento. Com efeito, assumem-se cada vez mais importantes as ações do guarda-redes, que deixou de estar focado exclusivamente no impedimento do golo e passou a ser o primeiro participante do processo ofensivo da sua equipa, tornando o jogo mais dinâmico e potenciador de novos sistemas ofensivos, de modo a aproximar as equipas do sucesso competitivo.

Objetivo: Aferir da importância do guarda-redes na construção ofensiva no Andebol moderno, analisar os momentos de substituição ataque-defesa para a reentrada do guarda-redes, identificar os atletas que efetuam a substituição ataque-defesa para a entrada do guarda-redes com maior frequência em contexto de jogo.

Métodos: Recorreu-se à Metodologia Observacional (Anguera et al., 2000; Anguera, 2003) e à Análise Sequencial de Jogo (Sarmento et al., 2013) para observar os comportamentos e ações dos atletas. Para a recolha de opiniões, atitudes e representações dos participantes, recorreu-se à técnica de entrevista (Santos & Lima, 2019) procedendo-se, posteriormente, à análise de conteúdo (Bardin, 2009). O grupo de estudo compreendeu três treinadores a exercer funções nas duas principais divisões do Andebol português e com a mais alta qualificação técnica internacional da European Handball Federation (EHF). Analisaram-se também duas equipas do Campeonato Nacional de Andebol 1 (PO01) e uma terceira formação, do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

Resultados: O momento da substituição para a reentrada do guarda-redes ocorre em função do lado do banco onde se situa a jogada, da zona na qual é finalizada a ação, dos atletas envolvidos na criação da situação de finalização ou na finalização propriamente dita.

Conclusão: A substituição ataque-defesa para a reentrada do guarda-redes não é efetuada por um atleta habitualmente pré-definido pelo treinador, mas de acordo com o comportamento defensivo concreto do adversário e do conhecimento acerca das tomadas de decisão dos colegas de equipa. Com efeito, os treinadores deste estudo tendem a criar exercícios que fomentam a otimização do processo de substituição e a saída atempada para que a reentrada do guarda-redes possa restabelecer o desejado equilíbrio defensivo.

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Publicado

2024-02-15

Como Citar

Azevedo, A. ., Branco, J. ., Ribeiro, R., & Eira, P. (2024). O guarda-redes de andebol como primeiro participante no processo ofensivo . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, (14e), e28718. https://doi.org/10.29352/mill0214e.28718

Edição

Secção

Educação e desenvolvimento social