Competências dos estudantes de enfermagem para o cuidado farmacoterapêutico
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0222.32416Palavras-chave:
enfermagem; competência profissional; currículo; cuidado farmacoterapêuticoResumo
Introdução: É necessário melhorar a formação dos estudantes de enfermagem no cuidado farmacoterapêutico (Stolic et al., 2022) e comprovar que os planos de estudo são deficientes nesta área (Seguro et al., 2023).
Objetivo: Identificar a perceção dos estudantes de enfermagem sobre a adequação dos planos de estudo para desenvolver conhecimentos, competências e atitudes em cuidado farmacoterapêutico e avaliar o nível de competência dos estudantes nesta área.
Métodos: Estudo descritivo numa amostra de conveniência composta por estudantes de licenciatura e mestrado de cinco escolas de enfermagem portuguesas. Aplicou-se o instrumento de De Baetselier (De Baetselier et al., 2022) para a colheita dos dados. A síntese de dados utilizou medidas descritivas e de frequência.
Resultados: Participaram 57 estudantes entre os 19 - 62 anos com uma mediana de 23. Mais de 60 % afirmou que os planos de estudo contemplam apenas suficientemente as responsabilidades dos enfermeiros. Menos de 22% identificaram oportunidades de aprendizagem nos ensinos clínicos e menos de 23% confirmaram essas competências nos planos de estudo. O desempenho demonstrado para o cuidado farmacoterapêutico variou entre 131 e 169 pontos numa escala máxima de 200 pontos.
Conclusão: Os planos de estudo não se adequam ao atual modelo dos enfermeiros para o cuidado farmacoterapêutico, pelo que se sugere um ensino com base em competências e maior ênfase no cuidado farmacoterapêutico.
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Referências
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