As experiências e desafios parentais durante o confinamento imposto pela pandemia COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0214e.34547Palavras-chave:
COVID-19; pais; criança; parentalidade; famíliaResumo
Introdução: A pandemia COVID-19, constituiu-se como uma das maiores crises a nível mundial. A Organização Mundial de Saúde e a Direção Geral de Saúde, no período de 2020 a 2021, implementaram medidas restritivas, nomeadamente, o encerramento das escolas e em substituição instituiu-se o ensino não presencial a decorrer on-line, o encerramento de alguns locais de trabalho dos pais que eram realizadas através do teletrabalho. Estas circunstâncias levaram a mudanças de hábitos e foram um desafio ao exercício da parentalidade.
Objetivo: Conhecer as experiências parentais no acompanhamento de filhos em idade escolar durante o confinamento imposto pela pandemia COVID-19 e compreender de que forma essa experiência interferiu com o exercício da parentalidade.
Métodos: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, cuja colheita de dados foi efetuada através de entrevistas semiestruturadas, numa amostragem por redes e envolvendo 17 participantes. Foi realizada análise de conteúdo dos dados de acordo com Bardin (2020).
Resultados: Foram consideradas quatro dimensões, das quais emergiram oito categorias e 16 subcategorias. Os pais evidenciaram como estratégias de redução do impacto na pandemia nos filhos as atividades lúdicas no exterior e interior de casa, recorrendo também a ferramentas digitais/tecnológicas. No acompanhamento dos filhos durante o ensino não presencial, os pais revelaram sentimentos negativos relacionados com frustração, impotência e tensão. Em relação às experiências parentais, estas foram associadas a stress parental, desequilíbrio entre a esfera familiar/profissional/apoio escolar aos filhos e alterações de rotinas.
Conclusão: Os resultados revelam a necessidade de intervir e acompanhar as crianças/famílias com vista à prevenção de potenciais efeitos do confinamento a longo prazo.
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