Global Comfort Scale: construção e validação de conteúdo

Autores

  • Filipa Veludo Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal | Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8749-0193
  • Rita Marques Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Lisboa, Portugal | Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa, Lisboa, Portugal | ciTechCare - Center for Innovative Care and Health Technology, Leiria, Portugal http://orcid.org/0000-0003-2868-7468
  • Patrícia Pontífice-Sousa Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal | Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Lisboa, Portugal http://orcid.org/0000-0003-0749-9011
  • Maria dos Anjos Dixe ciTechCare - Center for Innovative Care and Health Technology, Leiria, Portugal | Instituto Politécnico de Leiria, Leiria, Portugal http://orcid.org/0000-0001-9035-8548

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0216e.35508

Palavras-chave:

conforto; desenvolvimento de escalas; validação de conteúdo; técnica de Delphi

Resumo

Introdução: O conforto é um indicador de boas práticas pelo que é fundamental a sua promoção e avaliação, qualquer que seja a condição de saúde/doença da pessoa.

Objetivo: Construir e validar o conteúdo da Global Comfort Scale.

Métodos: Estudo metodológico. A validação de conteúdo foi realizada com recurso à técnica de e-Delphi com peritos que se pronunciaram acerca da clareza, pertinência e relevância. A validade de conteúdo dos itens foi verificada através do IVC-I e da escala através do IVC-S. O pré-teste efetivou-se por reflexão falada a 20 elementos da população alvo (pessoas adultas ou idosas, saudáveis ou em situação de doença) e aplicou-se a versão final do instrumento a 43 participantes.

Resultados: 12 peritos avaliaram o conteúdo dos itens do instrumento através de uma escala de resposta tipo Likert, tendo resultado numa escala final constituída por 55 itens com um critério de aceitabilidade superior a 0,80. Obteve-se um IVC-S relativo à clareza de 0,97; à pertinência de 0,90 e à relevância de 0,93, o que confirma a validade do conteúdo. Na reflexão falada, os participantes não tiveram dificuldades nem sugestões. Os 43 participantes, apresentam um bom nível de conforto em todos os itens. Verificámos um alfa de Cronbach de 0,981 e valores de correlação de Pearson do item com o total da escala sem o item entre 0,247 e 0,879.

Conclusão: O instrumento apresentou bom índice de validade de conteúdo, seguindo-se numa fase posterior a validação psicométrica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alp, F. Y., & Yucel, S. C. (2021). The Effect of Therapeutic Touch on the Comfort and Anxiety of Nursing Home Residents. Journal of Religion and Health, 60(3), 2037–2050. https://doi.org/10.1007/s10943-020-01025-4

Benson, H., Lucas, C., & Williams, K. A. (2020). Establishing consensus for general practice pharmacist education: A Delphi study. Currents in Pharmacy Teaching and Learning, 12(1), 8–13. https://doi.org/10.1016/j.cptl.2019.10.010

Cinar Yucel, Ş., Goke Arslan, G., Ergin, E., & Kuguoglu, S. (2019). Psychometric Characteristics of the Turkish Version of the Nurse Comfort Questionnaire. Journal of Religion and Health, 58(5), 1803–1816. https://doi.org/10.1007/s10943-019-00852-4

Coluci, M. Z. O., Alexandre, N. M. C., & Milani, D. (2015). Construção de instrumentos de medida na área da saúde. Ciencia e Saude Coletiva, 20(3), 925–936. https://doi.org/10.1590/1413-81232015203.04332013

Cronin, P., Ryan, F., & Coughlan, M. (2010). Concept analysis in healthcare research. International Journal of Therapy & Rehabilitation, 17(2), 62–69. https://doi.org/10.12968/ijtr.2010.17.2.46331

Duncan, C., Cloutier, J. D., & Bailey, P. M. (2007). Concept analysis: The importance of differentiating the ontological focus. Journal of Advanced Nursing, 58(3), 293–300. https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2007.04277.x

Fernandes, M. G. M., Nóbrega, M. M. L., Garcia, T. R., & Macêdo-Costa, K. N. F. (2011). Conceptual analysis: methodological considerations. REBEn Revista Brasileira de Enfermagem, 64(6), 1150–1156. https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000600024

Freitas, K. S., Menezes, I. G., & Mussi, F. C. (2012). Comfort From the Perspective of Families of People Hospitalized in the Intensive Care Unit. Text & Context Nursing Journal, 24(4), 896–904. https://doi.org/10.1590/S0104-07072012000400021

Godovykh, M., & Pizam, A. (2022). Measuring patient experience in healthcare. International Journal of Hospitality Management, 103405. https://doi.org/10.1016/j.ijhm.2022.103405

Hupcey, J. E., & Penrod, J. (2005). Concept Analysis: Examining the State of the Science. Research and Theory for Nursing Practice: An International Journal, 19(2), 197–208. https://doi.org/10.1891/088971805780957350

Juárez-Hernández, L. G., & Tobón, S. (2018). Analysis of the elements implicit in the validation of the content of a research instrument. Espacios, 39(53). https://www.revistaespacios.com/cited2017/cited2017-23.html

Jünger, S., Payne, S. A., Brine, J., Radbruch, L., & Brearley, S. G. (2017). Guidance on Conducting and REporting Delphi Studies (CREDES) in palliative care – recommendations based on a methodological systematic review. Palliative Medicine, 31(8), 684–706. https://doi.org/10.1177/0269216317690685

Kolcaba, K. (2003). Comfort Theory and Practice (R. Chasek & J. Hurking-Torres (eds.)). Springer Publishing Company.

Lorente, S., Losilla, J. M., & Vives, J. (2018). Instruments to assess patient comfort during hospitalization: A psychometric review. In Journal of Advanced Nursing (Vol. 74, Issue 5). https://doi.org/10.1111/jan.13495

McMillan, S. S., King, M., & Tully, M. P. (2016). How to use the nominal group and Delphi techniques. International Journal of Clinical Pharmacy, 38(3), 655–662. https://doi.org/10.1007/s11096-016-0257-x

Munhall, P. (2013). Interpreive phenomenology. In C. T. Beck (Ed.), Routledge International Handbook of Qualitative Nursing Research (p. 647). Routledge.

Mussi, F. C. (1996). Conforto: revisão de literatura. Revista Da Escola de Enfermagem Da U S P, 30(2), 254–266. https://doi.org/10.1590/S0080-62341996000200006

Pasquali, L. (2017). Psicometria: Teoria dos testes na psicologia e na educação. Editora Vozes.

Penrod, J., & Hupcey, J. E. (2005). Enhancing methodological clarity: Principle-based concept analysis. Journal of Advanced Nursing, 50(4), 403–409. https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03405.x

Pestana, H., & Gajeiro, J. N. (2014). Análise de dados para ciências sociais. A Complementaridade do SPSS (Edições Sílabo (ed.)).

Pinto, S., Caldeira, S., & Martins, J. C. (2016). A Systematic Literature Review Toward the Characterization of Comfort. Holistic Nursing Practice, 30(1), 14–24. https://doi.org/10.1097/HNP.0000000000000126

Polit, D., Beck, C. T., & Owen, S. V. (2007). Is the CVI an acceptable indicator of content validity? Appraisal and recommendations. Research in Nursing & Health, 30(4), 459–467. https://doi.org/10.1002/nur.20199

Polit, D. F., & Beck, C. T. (2006). The content validity index: Are you sure you know what’s being reported? critique and recommendations. Research in Nursing & Health, 29, 489–497. https://doi.org/10.1002/nur

Prinsen, C. A. C., Mokkink, L. B., Bouter, L. M., Alonso, J., Patrick, D. L., de Vet, H. C. W., & Terwee, C. B. (2018). COSMIN guideline for systematic reviews of patient-reported outcome measures. Quality of Life Research, 27(5), 1147–1157. https://doi.org/10.1007/s11136-018-1798-3

Siefert, M. Lou. (2002). Concept Analysis of Comfort. Nursing Forum, 37(4), 16–23. https://doi.org/10.1111/j.1744-6198.2002.tb01288.x

Sousa, P. P. (2020). O Conforto da Pessoa Idosa (Universidade Católica Editora (ed.); 2a).

Streiner, D. L., & Norman, G. R. (2008). Health Measurement Scales: A practical guide to their development and use. (4 th). Oxford University Press, Inc. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199231881.001.0001

Terwee, C. B., Prinsen, C. A. C., Chiarotto, A., Westerman, M. J., Patrick, D. L., Alonso, J., Bouter, L. M., de Vet, H. C. W., & Mokkink, L. B. (2018). COSMIN methodology for evaluating the content validity of patient-reported outcome measures: a Delphi study. Quality of Life Research, 27(5), 1159–1170. https://doi.org/10.1007/s11136-018-1829-0

Veludo, F. (2018). Comfort as a sensation: Concept Analysis. [Tese de Doutoramento,Universidade Católica Portuguesa]. Repositório Universidade Católica Portuguesa. https://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/31068

Vilelas, J. (2020). Investigação - O Processo de Construção do Conhecimento, 3ª Edição. Edições Sílabo.

Walker, L. O., & Avant, K. C. (2014). Strategies for Theory Construction in Nursing, 5th edition. Pearson®.

Wensley, C., Botti, M., & Mckillop, A. (2015). Patient comfort after cardiac surgery: Developing a culturally responsive quality improvement framework. International Forum on Quality and Safety in Healthcare, 0–1.

Williams, A. M., & Irurita, V. F. (2006). Emotional comfort: The patient’s perspective of a therapeutic context. International Journal of Nursing Studies, 43(4), 405–415. https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2005.06.004

World Health Organization, Organisation for Economic Co-operation, and Development, & The World Bank. (2018). Delivering quality health services - A global imperative for universal health coverage (Issue July). http://apps.who.int/bookorders.

Yusoff, M. S. B. (2019). ABC of Content Validation and Content Validity Index Calculation. Education in Medicine Journal, 11(2), 49–54. https://doi.org/10.21315/eimj2019.11.2.6

Downloads

Publicado

2025-02-05

Como Citar

Veludo, F., Marques, R., Pontífice-Sousa, P., & Dixe, M. dos A. (2025). Global Comfort Scale: construção e validação de conteúdo . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(16e), e35508. https://doi.org/10.29352/mill0216e.35508

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde