Sintomas respiratórios e qualidade de vida em adolescentes
Resumo
Em 1948, a OMS definiu saúde como o completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade1. Paralelamente, o conceito de qualidade de vida relacionada com a saúde assume uma nova dimensão e passa a englobar os três domínios fundamentais expressos na definição: o físico, o psíquico e o social2,3. Assim, o termo qualidade de vida evidencia aspectos muito diversificados que são influenciados pelas experiências, crenças, expectativas e, particularmente, as percepções individuais da saúde e da doença4,5. Desta forma, qualidade de vida assume-se como um conceito individual que não pode ser determinado por decisões de terceiras pessoas, tornando-se por isso difícil de retratar e de quantificar4. Na sua avaliação, um indivíduo pode enfatizar a vertente objectiva de determinada função ou estado de saúde, e outro a vertente mais subjectiva decorrente do seu conceito de saúde3,6. Duas pessoas com o “mesmo estado de saúde” podem expressar níveis de qualidade de vida bem diferentes, dependendo, designadamente, da forma como cada indivíduo aprende a viver com as limitações impostas pela doença e a sua satisfação com a vida. Para a mesma doença, a multiplicidade de fenómenos envolvidos implica, inevitavelmente, uma grande variabilidade individual da qualidade de vida. Esta diversidade determina uma infinidade de diferentes estados de saúde, cuja avaliação está dependente da forma como é valorizada determinada dimensão em detrimento das outras.
Downloads
Referências
WHO. Officials Records of the World Health Organization. United Nations, World Health Organization, 1948; 2:100.
WILSON I, Cleary P. Linking clinical variables with health-related quality of life. J Am Med Assoc 1995; 273:59-65.
TESTA M, Simonson D. Assessment of quality-of-life outcomes. N Engl J Med 1996; 334:835-40.
KANE R. Scaling the heights of quality of life. J Clin Epidemiol 2001; 54:1079-80.
LAFFAIRE B, LAJUGIE P, PENCHAUD C, SAUVANIAC B, Wrotius. Douleur, dépression et qualité de vie. Soins 2001; 651:38-41.
BERGNER M. Quality of life, health status and clinical research. Med Care 1989; 27:S148-56.
STEIN R, RIESSMAN C. The development of an impact-on-family scale: preliminary findings. Med Care 1980; 18:465-72.
STEIN R, JESSOP D. A non categorical approach to chronic childhood illness. Pub Health Rep 1982; 97:354-62.
SCHELLEVIS F, VAN DE LISDONK E, VAN DER VELDEN J, HOOGBERGEN S, VAN EIJIK J, VAN WEEL C. Consultation rates and incidence of intercurrent morbidity among patients with chronic disease in general practice. Br J Gen Pract 1994; 44:259-62.
EUROPEAN Allergy White Paper. Allergic diseases as a public health problem. Bruxelas, The UCB Institute of Allergy, 1997.
DINAPOLI P, MURPHY D. The marginalization of chronically ill adolescents. Nurs Clin North Am 2002; 37:565-72.
AJURIAGUERRA J. Manual de Psiquiatría. 4ª ed. Barcelona: Masson, S. A., 1996.
LENNEY W. The burden of pediatric asthma. Pediatr Pulmonol Suppl 1997; 15:13-6.
JUNIPER E. Quality of life in adults and children with asthma and rhinitis. Allergy 1997; 52:971-7.
NOCON A. Social and emocional impact of childhood asthma. Arch Dis Child 1991; 66:458-60.
POWEL C, PRIMHAR R. Asthma treatment, perceived respiratory disability and
morbidity. Arch Dis Child 1995; 72:209-13.
LETRAIT M, LURIE A, BEAN K, MESBAH M, VENOT A, STRAUCH G, et al. The asthma impact record (air) index: a rating scale to evaluate the quality of life of asthmatic patients in France. Eur Respir J 1996; 9:1167-73.
GLOBAL Iniciative for Asthma. Global strategy for asthma management and prevention NHLBI/WHO workshop report. National Institutes of Heath, 1996.
NELSON E, WASSON J, KIRK J. Assessment of function in routine clinical practice: Description of the COOP charts method and preliminary findings. J Chronic Dis 1987; 50:55.
FERREIRA P. A medição do estado de saúde em crianças. Saúde Infantil 1992; 14:157-63.
VICENTE P, RODRIGUES T, SILVA A, TZER T, BARROS H. Prevalência de asma em estudantes das escolas secundárias portuguesas. Arq Med 1995; 41:465-8
BARROS H, PEREIRA C, MATEUS P. Asma em crianças dos 6 aos 9 anos. Um estudo populacional em duas cidades portuguesas (Porto e Viseu). Rev Port Imunoalergol 1999; 7:9-18.
GUIA para el Diagnostico y manejo del asma del U. S. Department of health and human services. Programa regional de prevención y control del asma. Madrid: Dirección general de prevención y promocion de la salud, 1992.
VAZ-SERRA A, ABREU J. Aferição dos quadros clínicos depressivos. Ensaio de aplicação do inventário depressivo de Beck. Coimbra Médica 1973; 20:713-36.
COELHO R, MARTINS A, Barros H. Clinical profiles relating gender and depressive symptoms among adolescents ascertained by the Beck Depression Inventory II. Eur Psychiatry 2002; 17:222-6.
DEAN A, DEAN J, COULOMBIER D, BURTON A, BRENDEL K, SMITH D et al. Epi-Info, version 6,04a: a word processing, database, and statistics for epidemiology on microcomputers. Centers for Disease Control and Prevention. Atlanta, USA, 1994.
GODARD P, CHANEZ P, SIRAUDIN L, NICOLOYANNIS N, DURU G. Costs of asthma are correlated with severity: a 1-yr prospective study. Eur Respir J 2002; 19:61-7.
JONES P. Quality of life, symptoms and pulmonary function in asthma: long-term treatment with nedocromil sodium examined in a controlled multicentre trial. Eur Respir J 1994; 7:55-62. 29. JONES P. Quality of life measurements in asthma. Eur Respir J 1995; 8:885-7.
LAM C, LAUDER I. The impact of chronic diseases on the health-related quality of life (HRQOL) of Chinese patients in primary care. Fam Pract 2000; 17:159-66.
GUYATT G, NAYLOR C, JUNIPER E, HEYLAND D, JAESCHKE R, COOK D. Users’ guides to the medical literature. XII. How to use articles about health-related quality of live. Evidence-based Medicine Working Group. JAMA 1997; 277:1232-7.
OSBORNE M, VOLLMER W, PEDULA K, WILKINS J, BUIST A, O'HOLLAREN M. Lack of correlation of symptoms with specialist-assessed long-term asthma severity. Chest 1999; 115:85-91.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)