Reflexões sobre os usos do português
Resumo
A forma como se usa actualmente a língua portuguesa leva-me, enquanto professora de Português e linguista, a reflectir... São essas reflexões e opiniões que gostaria de partilhar com os leitores da Millenium, começando, no entanto, pela explicitação de alguns conceitos linguísticos que são indispensáveis para observar de forma crítica esta situação.
Afirmações como “Hoje em dia ninguém sabe falar Português” e “Cada vez se dão mais pontapés na gramática”, que se tornaram muito frequentes no nosso dia a dia, pressupõem a existência de um “Português correcto”. No entanto, é caso para nos perguntarmos se existe um único Português correcto, se o Português falado na Madeira ou em situações mais informais não pode ser considerado também um Português correcto. Seguindo de perto a sistematização feita em Peres e Móia (1995) e algumas distinções apresentadas em Mateus et al. (2003), é possível resumir o contributo da Linguística para compreender estas questões.
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Referências
· CARVALHO, José Herculano (1979). Teoria da Linguagem. Coimbra: Atlântida Editora.
· CUNHA, Celso e CINTRA, Luís Filipe Lindley (1984). Nova Gramática do
Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa [10ª ed., 1994].
· FERREIRA, Manuela de Barros (2001). “O Mirandês no Ano Europeu das Línguas”. In Maria Helena MATEUS (ed.). Mais línguas, mais Europa: celebrar a diversidade linguística e cultural da Europa. Lisboa: Edições Colibri, pp.35-41.
· FROMKIN, Victoria e Robert Rodman (1983). Introdução à Linguagem. Coimbra: Liv. Almedina [tradução de I. Casanova, 1993].
· MATEUS, Maria Helena et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.
· PERES, João Andrade e Telmo Móia (1995). Áreas Críticas da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.
· YULE, George (1996). The Study of Language. Cambridge: Cambridge University Press [2ª ed.].
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