SPIN – Sustainable ProteIN

Autores

  • Igor Dias CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; MED - Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento & CHANGE - Global Change & Sustainability Institute, Universidade de Évora, Pólo da Mitra, Apartado 94, 7006-554 Évora, Portugal ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal https://orcid.org/0000-0002-9075-9568
  • Ana Teresa Ribeiro CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal
  • António Raimundo Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal https://orcid.org/0000-0002-9342-0949
  • Ana Neves Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal
  • Artur Amaral CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal https://orcid.org/0000-0002-0668-6731
  • Helena Mira CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal https://orcid.org/0000-0003-4457-4535
  • João Gago CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Campo Grande, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3893-5920
  • Paula Lúcia Ruivo CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal
  • Nuno Alvarenga UTI—Unidade de Tecnologia e Inovação, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Av. da República, Quinta do Marquês, 2780-157 Oeiras, Portugal GeoBiotec—GeoBioTec Research Institute, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Campus da Caparica, 2829-516 Caparica, Portugal
  • Maria Lima CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3938-6820
  • Paula Pinto CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal
  • Margarida Oliveira CIEQV—Life Quality Research Centre, Avenida Dr. Mário Soares n 110, 2040-413 Rio Maior, Portugal; ESAS, UIIPS—Instituto Politécnico de Santarém, Quinta do Galinheiro, S. Pedro, 1001-904 Santarém, Portugal LEAF Linking Landscape, Environment, Agriculture and Food Research Center, Associated Laboratory TERRA, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349- 017 Lisboa, Portugal. https://orcid.org/0000-0003-2491-0669

DOI:

https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32546

Palavras-chave:

Insetos; Siluros glanis, proteaginosas, agricultura regenerativa

Resumo

De acordo com a FAO (2022), os desafios societários emergentes revelam que a produção de géneros alimentícios terá de aumentar em 60%, até 2050, de modo a satisfazer as necessidades nutricionais de uma população superior a 9 mil milhões de habitantes. É necessário minimizar o desperdício alimentar, incrementar a produção de géneros alimentícios saudáveis e sustentáveis, com enfoque na preservação dos ecossistemas aquático e terrestre, bem como no desenvolvimento de Novos Alimentos. As dietas sustentáveis caracterizam-se por terem menor impacte ambiental e por promoverem a saúde, reduzindo a morbilidade e a mortalidade associadas ao consumo alimentar. A Dieta Mediterrânica, reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, é um dos padrões alimentares mais estudados e conhecidos em todo o mundo. Porém, os consumidores, devido ao incremento da literacia alimentar, estão cada vez mais interessados em experimentar novas fontes proteicas sustentáveis, que possam contribuir para as suas necessidades nutricionais e satisfaçam as suas expetativas ao nível sensorial.

O Projeto SPIN, aprovado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliências (PRR), aborda quatro oportunidades, distribuídas por quatro fileiras, focadas na obtenção de proteína saudável e sustentável, que permita contribuir para o desenvolvimento de novos produtos e acompanhar as novas tendências de consumo:

Oportunidade 1) valorizar os grilos da espécie Acheta domesticus como fonte alternativa de proteína, incorporando-a gradualmente na Dieta Mediterrânica, contribuindo para dietas saudáveis e sustentáveis;

Oportunidade 2) valorizar a espécie não nativa Silurus glanis (peixe-gato-europeu), dada a sua rápida disseminação e abundância pelo rio Tejo, como proteína animal de qualidade, contribuindo para dietas saudáveis e para equilibrar o ecossistema aquático do médio e baixo Tejo;

Oportunidade 3) valorizar variedades de chícharo e de grão-de-bico, reforçando a resiliência e a adaptação das variedades nacionais às alterações climáticas, como fontes de proteínas saudáveis e sustentáveis;

Oportunidade 4) promover a sustentabilidade da área agrícola através da agricultura regenerativa, melhorando o desempenho ambiental e climático das explorações, concomitantemente, utilizar estas explorações para a obtenção de proteína de origem bovina (carne bovina) que cumpra as normas mais rigorosas em matéria de bem-estar animal.

Assim, cada oportunidade vai ser dividida num conjunto de atividades ligadas às fileiras referidas, que comportam a valorização das matérias-primas, a formulação de novos produtos e a sua caracterização microbiológica, físico-química, reológica, sensorial e toxicológica e estudos de novas embalagens a desenvolver com base em subprodutos das matérias-primas das quatro fileiras. Há ainda três atividades transversais: avaliação do ciclo de vida dos novos produtos desenvolvidos, a disseminação e capacitação junto dos stakeholders de cada fileira e a utilização de uma plataforma digital de cross-selling para promoção e venda dos produtos desenvolvidos.

Pretende-se que o SPIN possa contribuir para aumentar a disponibilidade de novos alimentos com base em proteína alternativa e sustentável, preservar o ecossistema do rio Tejo, divulgar, preservar e valorizar variedades tradicionais de proteaginosas, contribuir para o estudo das mais valias da prática de agricultura em modo regenerativo, garantindo a eficiência de utilização dos recursos naturais e assim uma maior sustentabilidade da cadeia de valor.

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Dias, I., Ribeiro, A. T., Raimundo, A., Neves, A., Amaral, A., Mira, H., Gago, J. ., Ruivo, P. L., Alvarenga, N., Lima, M., Pinto, P., & Oliveira, M. (2023). SPIN – Sustainable ProteIN. Revista Da UI_IPSantarém, 11(3), 115–118. https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32546

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