Acesso à terra comunitária para produção de alimentos:
Políticas prospetivas para os governos locais
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis25477Resumo
A procura de alimentos biológicos para abastecer os consumidores individuais e institucionais está a aumentar rapidamente em Portugal. Esta procura pode ser uma oportunidade perdida, dada a falta de acesso dos agricultores à terra. Argumentamos que o acesso à terra deve ser ponderado na formulação de políticas alimentares locais e nacionais. Em particular, sugerimos: 1) políticas intersectoriais coerentes respeitantes à terra necessária para atingir os objetivos propostos pelas políticas setoriais; 2) mecanismos para reforçar a governança multinível e intersectorial, com ênfase no acesso à terra para a produção biológica de hortícolas e frutíferas. Tomando o município de Torres Vedras como caso de estudo, concluímos que as autoridades locais têm um papel fundamental como facilitadores no acesso à terra, nomeadamente através da identificação e mapeamento dos terrenos disponíveis, incluindo terra comunitária, pública e privada. As entrevistas aos atores locais e representantes dos departamentos municipais sugerem que a cooperação entre as partes é capaz de impulsionar uma estratégia alimentar integrada que priorize o acesso à terra. Em conclusão, qualquer município pode desenvolver uma estratégia alimentar local, que considere o acesso à terra, se houver vontade política de iniciar um processo colaborativo.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Finisterra
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
1. As opiniões expressas nos textos submetidos à Finisterra são da responsabilidade dos/as autores/as.
2. Os/As autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma RCAAP.
4. Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos/as e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
6. Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.