IMPORTAR, FRACASSAR, APRENDER.
INTERROGAR A RELAÇÃO FRACASSO-APRENDIZAGEM EM CONTEXTOS DE TRANSFERÊNCIA DE POLÍTICAS ATRAVÉS DO ESTUDO COMPARATIVO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO BUS RAPID TRANSIT (BRT) NA CIDADE DO CABO E LAGOS
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis36865Resumo
A literatura sobre transferência de políticas e mobilidades abordou vários aspetos da aprendizagem e do fracasso das políticas em contextos de transferência. No entanto, ainda há espaço para mais conhecimento sobre as modalidades de aprendizagem como uma sequela do fracasso da política importada no seu novo contexto. Este artigo oferece respostas através da exploração dos projetos de Bus Rapid Transit (BRT) em duas cidades: Cidade do Cabo e Lagos. O artigo apresenta duas lições principais sobre como aprender com as políticas de mobilidade. Primeiramente, confirma que as falhas políticas ocorridas em ambas as cidades podem ser atribuídas às modalidades de transferência de políticas em torno do BRT, um modelo popular de mobilidade urbana. Afirmamos que os processos de padronização das políticas de mobilidade podem induzir miopia política uma vez que são implementadas em novos contextos, e eventualmente levar ao fracasso parcial ou completo da política. O segundo argumento é que os decisores políticos aprendem à medida que tentam reajustar a política. Enquanto este novo conhecimento pode ser observado através da elaboração de novas soluções que são mais sensíveis às realidades locais, a aprendizagem também pode ser difícil de perceber, pois as altas apostas políticas em torno das políticas de mobilidade tendem a impedir que os decisores políticos façam mudanças abruptas que representariam uma admissão de fracasso. Esta contribuição é um convite para explorar a aprendizagem política resultante da implementação de políticas de mobilidade numa perspetiva comparativa e ao longo de períodos mais longos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Finisterra

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
1. As opiniões expressas nos textos submetidos à Finisterra são da responsabilidade dos/as autores/as.
2. Os/As autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma RCAAP.
4. Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos/as e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
6. Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.