As inundações de 1967 na Grande Lisboa (Portugal):

saúde pública e ação voluntária estudantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18055/Finis21155

Resumo

Este artigo tem como objetivo evidenciar os impactos que as inundações de novembro de 1967, na região da Grande Lisboa, provocaram na saúde pública e a análise do papel desempenhado pela ação auto-organizada dos estudantes da área da saúde, particularmente de medicina. O método baseou-se na revisão sistemática da literatura realizada em arquivos públicos e privados e nas bases PubMed, Scopus, Web of Science e Disasters. Foram analisados vários documentos vídeo e áudio com entrevistas que relataram as intervenções dos estudantes em saúde após as inundações de 1967 em Lisboa. Como resultado, evidencia-se que o voluntariado estudantil se organizou por forma a responder aos impactes das inundações entre os quais os da área da saúde pública, destacando-se neste campo os estudantes envolvidos nas campanhas de vacinação e na monitorização sanitária de urgência das populações atingidas. Assim, as ações dos estudantes no auxílio às vítimas das inundações de 1967 proporcionaram o conhecimento dos problemas ambientais de saúde pública e deficiências da assistência sanitária de grande parte da população portuguesa na época.

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Biografias Autor

Miguel Cardina, Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra

Historiador e investigador Auxiliar do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Coordenador do projeto «CROME - Crossed Memories, Politics of Silence. The Colonial-Liberation Wars in Postcolonial Times» (2017-2022, financiado pelo Conselho Europeu para a Investigação.É autor e co-autor de vários trabalhos sobre ideologias políticas nos anos 1960 e 1970; oposições à ditadura do Estado Novo; colonialismo, anticolonialismo e pós-colonialismo; e dinâmicas entre história, memória e poder.

António Vieira, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho

António Avelino Batista Vieira. Concluiu Geografia pela Universidade de Coimbra em 2009. É Professor Auxiliar na Universidade do Minho. Publicou 37 artigos em revistas especializadas e 35 trabalhos em actas de eventos, possui 25 capítulos de livros e 25 livros publicados. Possui 39 itens de produção técnica. Participou em 1 evento no estrangeiro e 10 em Portugal. Orientou 1 dissertação de mestrado e co-orientou 2 na área de Ciências da Terra e do Ambiente. Entre 2007 e 2010 participou em 1 projecto de investigação. Actua nas áreas de Ciências Naturais com ênfase em Ciências da Terra e do Ambiente e Ciências Sociais com ênfase em Geografia Económica e Social. Nas suas actividades profissionais interagiu com 82 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. No seu curriculum DeGóis os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Incêndios florestais, Patrimonio Geomorfológico, Serra de Montemuro, Fire, Portugal, degradação e recuperação do solo, IDE, SIG, erosão pós-incêndio e Mudanças climáticas.

Gisele Cristina Manfrini, Laboratório de Pesquisas em Enfermagem e Promoção da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente no Departamento de Enfermagem, no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e na Residência Multiprofissional em Saúde da Família, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Brasil.

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Publicado

2021-09-08

Como Citar

da Silva Costa, F., Cardina, M. ., Vieita, A. ., & Manfrini, G. C. (2021). As inundações de 1967 na Grande Lisboa (Portugal):: saúde pública e ação voluntária estudantil. Finisterra, 56(117), 273–286. https://doi.org/10.18055/Finis21155

Edição

Secção

Artigos