A globalização da educação sexual europeia no século XXI

Autores

  • Laura Alonso-Martínez Universidad de Burgos, Facultad de Educación, Burgos, España https://orcid.org/0000-0001-5425-5090
  • Madalena Cunha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal | Health Sciences Research Unit: Nursing - UICISA:E, ESEnfC, Coimbra | SIGMA – Phi Xi Chapter, ESEnfC, Portugal | CIEC - UM, Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0710-9220

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0220.28786

Resumo

A educação sexual é um processo de ensino e aprendizagem baseado em provas que abordam atitudes, comportamentos e crenças relacionados com a saúde sexual e a sexualidade. Deve ser adaptado individual e coletivamente e basear-se na promoção do respeito pelos direitos sexuais humanos. A educação sexual é essencial para a construção de sociedades mais inclusivas e para a melhoria da saúde sexual da população. É importante compreender o impacto da legislação sobre o estabelecimento de currículos educacionais em diferentes níveis de ensino. O governo, através da educação, deve contribuir para reduzir a discriminação sexual e o comportamento sexual de risco. Globalmente, o conteúdo da educação sexual é muito diversificado. Contudo, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 adotados pelas Nações Unidas (ONU, 2015) estabelecem o caminho conjunto a seguir pelos países e sociedades. Os objetivos destinam-se a melhorar a vida de todos os cidadãos, incluindo os objetivos de saúde e bem-estar, educação de qualidade e igualdade das mulheres. Além destes objetivos globais, numerosas organizações internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2022) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, 2018), têm apelado repetidamente aos governos que melhorem o acesso equitativo à educação sexual e aos programas de saúde. As desigualdades existentes por país continuam a ser graves e a influenciar negativamente a saúde dos seus residentes (OMS, 2021). Na maioria dos países onde tal educação é transmitida, o seu principal objetivo é muitas vezes a prevenção de infeções sexualmente transmissíveis (DST, Boonstra, 2015). Portanto, os conteúdos obrigatórios e regulamentados do currículo estão orientados para o controlo de DST e contraceção e ainda esta abordagem restritiva não consegue responder ao desafio relacionado com o aumento do comportamento sexual de risco e destas infeções. A dificuldade de abordar esta questão a nível internacional exige o estabelecimento de estratégias de colaboração em matéria de Saúde Global entre países (UNESCO, 2018).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Boonstra, D. (2015). Advancing sexuality education in developing countries: evidence and implications in Ponzetti, J.J.(Ed.), Evidence-based Approaches to Sexuality Education (1ed.). New York, United States: Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315755250

Calvo, S. (2021). Educación sexual con enfoque de género en el currículo de la educación obligatoria en España: avances y situación actual. Educatio Siglo XXI, 39(1), 281-304. https://doi.org/10.6018/educatio.469281

Cunha-Oliveira, A., Camarneiro, A. P., Gómez-Cantarino, S., Cipriano-Crespo, C., Queirós, P. J. P., Cardoso, D., Santos, D. G., y Ugarte-Gurrutxaga, M. I. (2021). The Integration of Gender Perspective into Young People’s Sexuality Education in Spain and Portugal: Legislation and Educational Models. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(22), 11921. https://doi.org/10.3390/ijerph182211921

De Haas, B., y Hutter, I. (2019). Teachers’ conflicting cultural schemas of teaching comprehensive school-based sexuality education in Kampala, Uganda. Culture, Health & Sexuality, 21(2), 233-247. https://doi.org/10.1080/13691058.2018.1463455

EEGSE-European Expert Group on Sexuality Education (2016). Sexuality education–what is it? Sex Education, 16(4), 427-431. https://doi.org/10.1080/14681811.2015.1100599

World Health Organisation (2021). Intervenciones de salud sexual y reproductiva en el compendio de la OMS sobre la CSU. World Health Organisation. https://www.who.int/publications/i/item/9789240022867

World Health Organisation. (2022). Salud Sexual. World Health Organisation. https://www.who.int/health-topics/sexual-health#tab=tab_1

NU. (2015). Resolución 70/1. Transformar nuestro mundo: la Agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible aprobada por la Asamblea General el 25 de septiembre de 2015. ONU. https://www.un.org/sustainabledevelopment/es/

Parker, R., Wellings, K., y Lazarus, J.V. (2009). Sexuality education in Europe: An overview of current policies. Sex Education, 9(3), 227-242. https://doi.org/10.1080/14681810903059060

UNESCO. (2018). Orientaciones técnicas internacionales sobre educación en sexualidad. UNESCO. https://www.who.int/docs/default-source/reproductive-health/isbn-978-92-3-300092-6.pdf?sfvrsn=eba2c2c9_8

Sperling, J. (2021). Comprehensive sexual health education and intersex (in)visibility: an ethnographic exploration inside a California high school classroom. Sex Education, 21(5), 584-599. https://doi.org/10.1080/14681811.2021.1931834

Publicado

2023-01-31

Como Citar

Alonso-Martínez, L. ., & Cunha, M. (2023). A globalização da educação sexual europeia no século XXI. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(20), e28786. https://doi.org/10.29352/mill0220.28786

Edição

Secção

Editorial