Assistência à pessoa idosa com 80 e mais anos no serviço de urgência: perspetiva dos profissionais das estruturas residenciais para idosos
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0214e.32126Palavras-chave:
pessoa idosa; estruturas residenciais para idosos; serviço de urgência; assistência clínica no serviço de urgênciaResumo
Introdução: O aumento da esperança média de vida da população tem-se refletido significativamente na acentuada taxa de envelhecimento e no aumento da prevalência de doenças crónicas, levando a um aumento da afluência aos Serviços de Urgência, pela pessoa idosa com 80 e mais anos.
Objetivo: Identificar os motivos das idas às urgências por parte da pessoa idosa, tendo em conta a perspetiva dos profissionais das Estruturas Residenciais para Idosos; explorar medidas favorecedoras da redução do envio das pessoas idosas com 80 e mais anos ao Serviço de Urgência.
Métodos: Estudo observacional de natureza descritiva em coorte transversal em uma amostra não probabilística de 60 representantes das Estruturas Residenciais para Idosos que enviaram pessoas idosas com 80 e mais anos ao Serviço de Urgência de um Centro Hospitalar da zona Centro de Portugal. A recolha de dados foi efetuada com recurso a Entrevistas baseadas num guião semiestruturado elaborado pela equipa de investigadores.
Resultados: Os motivos mais prevalentes que levam a pessoa idosa com 80 e mais anos ao Serviço de Urgência, são, segundo os profissionais das Estruturas Residenciais para Idosos, a queda (73,33%), dificuldade respiratória (65%) e doença cardiovascular (30%). Das sugestões pertinentes para a redução do envio das pessoas idosas com 80 e mais anos ao Serviço de Urgência, destacam-se maior acessibilidade de contacto com o centro de saúde (25%), existirem horários alargados nos centros de saúde (21,67%) e maior acompanhamento do médico da própria instituição (18,33%).
Conclusão: Sugere-se a replicação deste estudo com uma amostra mais alargada, devido ao seu número ser reduzido e à escassez de estudos que incidam apenas na ida das pessoas idosas com 80 e mais anos institucionalizadas ao Serviço de Urgência.
Downloads
Referências
Almeida, A. S., & Gomes, I. D. (2021). Os motivos que levam as pessoas idosas a recorrer frequentemente ao serviço de urgência. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 34. https://doi.org/10.5020/18061230.2021.13428
Coster, J. E., Turner, J. K., Bradbury, D., & Cantrell, A. (2017). Why Do People Choose Emergency and Urgent Care Services? A Rapid Review Utilizing a Systematic Literature Search and Narrative Synthesis. Academic Emergency Medicine, 24(9), 1137-1149. https://doi.org/10.1111/acem.13220
De Brauwer, I., Cornette, P., & D’Hoore, W. (2021). Factors to improve quality for older patients in the emergency department: a qualitative study of patient trajectory. BMC Health Serv Res, 21, 965 https://doi.org/10.1186/s12913-021-06960-w
Dixe, M. A. C. R., Frontini, R., Sousa, P. M. L., Peralta, T. J. A., Teixeira, L. F. C., & Querido, A. I. F. (2019). Dependent person in self-care: analysis of care needs. Scandinavian Journal of Caring Sciences, 34(3), 727-35. https://doi.org/10.1111/scs.12777
Dufour, I., Chouinard, M.-C., Dubuc, N., Beaudin, J., Lafontaine, S., & Hudon, C. (2019). Factors associated with frequent use of emergency-department services in a geriatric population: a systematic review. BMC Geriatrics, 19(1). doi:10.1186/s12877-019-1197-9
Fundação Francisco Manuel dos Santos (2023). Índice de envelhecimento e outros indicadores de envelhecimento. https://www.pordata.pt/portugal/indice+de+envelhecimento+e+outros+indicadores+de+envelhecimento-526
Launay, C.P., Galery, K., Vilcocq, C., Afilalo, M., & Beauchet, O. (2021) Risk for short-term undesirable outcomes in older emergency department users: Results of the ER2 observational cohort study. PLoS ONE, 16(8): e0249882. https://doi.org/ 10.1371/journal.pone.0249882
Legramante, J. M., Morciano, L., Lucaroni, F., Gilardi, F., Caredda, E., Pesaresi, A., Coscia, M., Orlando, S., Brandi, A., Giovagnoli, G., Di Lecce, V. N., Visconti, G., & Palombi, L. (2016). Frequent Use of Emergency Departments by the Elderly Population When Continuing Care Is Not Well Established. PloS one, 11(12), e0165939. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0165939
Maresova, P., Javanmardi, E., Barakovic, S., Husic, J. B., Tomsone, S., Krejcar, O., & Kuca, K. (2019). Consequences of chronic diseases and other limitations associated with old age – a scoping review. BMC Public Health, 19(1431). https://doi.org/10.1186/s12889-019-7762-5
McGowan, H., Gopeesingh, K., O’Kelly, P., & Gilligan, P. (2018). Emergency Department Overcrowding And The Full Capacity Protocol Cross Over Study: What Patients Who Have Experienced Both Think About Being An Extra Patient In The Emergency Department Or On A Ward. Irish Medical Journal, 111(7), 788. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30520615/
Moraes, G.O.S., Godoi, G.S.; & Silva, E.R. (2021). Principais causas do atendimento de urgência e emergência a população idosa, realizado pelo serviço de atendimento móvel de urgência (samu), na região de bragança paulista – SP. Atena Editora. https://www.atenaeditora.com.br/catalogo/post/principais-causas-do-atendimento-de-urgencia-e-emergencia-a-populacao-idosa-realizado-pelo-servico-de-atendimento-movel-de-urgencia-samu-na-regiao-de-braganca-paulista-sp
Mwakilasa, M. T., Foley, C., O’Carroll, T., Flynn, R., & Rohde, D. (2021). Care Experiences of Older People in the Emergency Department: A Concurrent Mixed-Methods Study. Journal of Patient Experience, 8, 23743735211065267. https://doi.org/10.1177/23743735211065267
Neves, H.M.F. (2012). “Causas e Consequências da Institucionalização de Idosos” Estudo tipo série de casos [dissertação de mestrado]. Universidade da Beira Interior. https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1209/1/CAUSAS_CONSEQUENCIAS_INSTITUCIONALIZA%C3%87AO_IDOSOS.pdf
Okabe, T., Abe, Y., Tomita, Y., Mizukami, S., Kanagae, M., Arima, K., Nishimura, T., Tsujimoto, R., Tanaka, N., Goto, H., Horiguchi, I., & Aoyagi, K. (2016). Age-specific risk factors for incident disability in activities of daily living among middle-aged and elderly communitydwelling Japanese women during an 8-9-year follow up: The Hizen-Oshima study. Geriatrics Gerontology International, 17(7), 1096-101. https://doi.org/10.1111/ggi.12834
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (2021). Portugal: Perfil de Saúde do País 2021, Estado da Saúde na EU. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico/Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde. https://health.ec.europa.eu/system/files/2021-12/2021_chp_pt_portuguese.pdf
Spasova, S., Baeten, R., & Vanhercke, B. (2018). Challenges in long-term care in Europe. Eurohealth Observer, 24(4), 7-12. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/332533/Eurohealth-24-4-7-12-eng.pdf.
United Nations (2019). World Population Ageing 2019: Highlights (ST/ESA/SER.A/430). United Nations: Department of Economic and Social Affairs, Population Division. https://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WorldPopulationAgeing2019-Highlights.pdf
World Health Organization (2022). Ageing and health. World Health Organization. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/ageing-and-health
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)
