Interação vida-trabalho e burnout: um estudo nacional
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0215e.35306Palavras-chave:
interação trabalho-vida; burnout; caraterísticas sociodemográficas; bem-estarResumo
Introdução: As vertentes profissional e pessoal são fundamentais para a atuação e desenvolvimento dos indivíduos, sendo crucial que interajam harmoniosamente. A síndrome de burnout é uma condição clínica que se desenvolve sob exposição contínua ao stress e sobrecarga. É, por isso, importante compreender como as práticas de interação vida-trabalho se relacionam com o burnout, e como ambos os constructos diferem de acordo com variáveis sociodemográficas.
Objetivo: Estudar a relação entre a interação bidirecional vida-trabalho e o burnout em trabalhadores no ativo e a associação destes constructos com caraterísticas sociodemográficas, visando identificar o papel que as organizações podem ter nestas relações.
Métodos: Estudo exploratório transversal, quantitativo e descritivo, com uma amostra de 255 trabalhadores portugueses. Os dados foram recolhidos através do Survey Work-Home Interaction NijmenGens (SWING), Maslach Burnout Inventory General Survey (MBI-GS) e questionário sociodemográfico, e analisados através de t-Student, ANOVA, correlação e regressão linear múltipla.
Resultados: Dos resultados gerais, destaca-se que as interações negativas trabalho-vida e vida-trabalho foram identificadas como preditores de burnout. A interação trabalho-vida e o burnout evidenciaram diferenças significativas entre grupos de acordo com género, idade, estado civil, número de filhos, tempo na carreira e na organização, trabalhador-estudante e tipo de vínculo jurídico.
Conclusão: Para a adequada atuação e bem-estar dos indivíduos no trabalho, os padrões de interação trabalho-vida devem ser eficazmente geridos pelas organizações. São sugeridas implicações práticas.
Downloads
Referências
Aledeinat, M., Alkhazali, Z., Sharari, H., & Alsoud, M. (2021). Towards a New Model for Work-life Balance: A Factors-review Approach. Journal of Management Information and Decision Sciences, 24(6), 1-12. https://www.abacademies.org/articles/towards-a-new-model-for-worklife-balance-a-factorsreview-approach.pdf
Aprilinda, J., Susyana, F., Fauziah, A., Anisa, N., & Martri Aji Buana, D. (2020). Work-Life Balance in Higher Education: Literature Review and Future Agenda. Solid State Technology, 63(3), 4641-4657. https://repository.widyatama.ac.id/server/api/core/bitstreams/a6457247-736f-473d-b7ea-9b13c6db8c67/content
Araújo, P. (2023). O (novo) sentido da vida (laboral): 11 Temas emergentes em Gestão de Pessoas após COVID-19. In C. Costa & A. Lopes (Eds.). Desafios à Gestão de Pessoas – Tempo de reorganizar ,13-46. Editora d’Ideias.
Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2014). Tradução, adaptação e exploração de propriedades psicométricas da Escala Interação Trabalho-Família Nijmen (SWING) em uma amostra de professores brasileiros. Estudos de Psicologia, 19(3), 210-216. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2014000300006
Chen, Q., Chen, M., Lo, C. K. M., Chan, K. L., & Ip, P. (2022). Stress in balancing work and family among working parents in Hong Kong. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(9), e-5589. https://doi.org/10.3390/ijerph19095589
Edú-Valsania, S., Laguía, A., & Moriano, J. A. (2022). Burnout: A review of theory and measurement. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(3), 1780. https://doi.org/10.3390/ijerph19031780
Geurts, S. A. E., Taris, T. W., Kompier, M. A. J., Dikkers, J. S. E., Van Hooff, M. L. M., & Kinnunen, U. M. (2005). Work-home interaction from a work psychological perspective: Development and validation of a new questionnaire, the SWING. Work and Stress, 19(4), 319–339. https://doi.org/10.1080/02678370500410208
Gupta, P., & Srivastava, S. (2020). Work-life conflict and burnout among working women: A mediated moderated model of support and resilience. International Journal of Organizational Analysis, ahead-of-print, 29(3), 629-655. https://doi.org/10.1108/IJOA-12-2019-1993
Khateeb, F. (2021). Work life balance: A review of theories, definitions and policies. Cross-Cultural Management Journal, XXIII(1), 27-55. https://seaopenresearch.eu/Journals/articles/CMJ2021_I1_3.pdf
Koutsimani, P., Montgomery, A., & Georganta, K. (2019). The relationship between burnout, depression, and anxiety: A systematic review and meta-analysis. Frontiers in Psychology, 10, 284. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30918490/
Liswandi, L., & Muhammad, R. (2023). The Association Between Work-life Balance and Employee Mental Health: A systemic review. Asia Pacific Journal of Health Management, 18(3), 2565. https://doi.org/10.24083/apjhm.v18i3.2565
Liu, D., Wu, Y., Jiang, F., Wang, M., Liu, Y., & Tang, Y.-L. (2021). Gender Differences in Job Satisfaction and Work-Life Balance Among Chinese Physicians in Tertiary Public Hospitals. Frontiers in Public Health, 9. https://doi.org/10.3389/fpubh.2021.635260
Lubbadeh, T. (2020). Job burnout: A general literature review. International Review of Management and Marketing, 10(3), 7. https://doi.org/10.32479/irmm.9398
Lukács, B., & Antal, M. (2023). The practical feasibility of working time reduction: Do we have sufficient data? Ecological Economics, 204, 107629. https://doi.org/10.1016/j.ecolecon.2022.107629
Marôco, J. (2021). Análise estatística com o SPSS Statistics [Statistical Analysis with SPSS Statistics] (8th ed.). ReportNumber.
https://www.reportnumber.pt/store/Analise-Estatistica-com-o-SPSS-Statistics-8-a-Edicao-p322758316
Marques, S. R., Casaca, S.F., & Arcanjo, M. (2021). Work–family articulation policies in Portugal and gender equality: Advances and challenges. Social Sciences, 10(4),119. https://doi.org/10.3390/socsci10040119
Martins, M., & Veiga-Branco, M. A. (2024). Burnout in nurses in the care of the critical patient in the context of the Covid-19 pandemic: study in intensive medicine. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 14e, e30276. https://doi.org/10.29352/mill0214e.30276
Maslach, C., & Leiter, M. P. (2016). Understanding the burnout experience: recent research and its implications for psychiatry. World Psychiatry, 15(2), 103-111. https://doi.org/10.1002/wps.20311
Schulz, F., & Reimann, M. (2022). Work-family conflict from the perspective of the family: Introduction to the special issue. Journal of Family Research, 34(4), 1002–1009. https://doi.org/10.20377/jfr-886
Schuster, M. da S., Dias, V. da V., Battistella, L. F., & Grohmann, M. Z. (2015). Validação da escala MBI-GS: Uma investigação general survey sobre a percepção de saúde dos colaboradores. REGE. Revista de Gestão, 22(3), 403-417. https://doi.org/10.5700/rege569
Singh, R., Aggarwal, S., & Sahni, S. (2023). A systematic literature review of work-life balance using ADO Model. FIIB Business Review, 12(3), 243-258. https://doi.org/10.1177/23197145221115530
Singh, S., Kshtriya, S., & Valk, R. (2023). Health, Hope, and Harmony: A Systematic Review of the Determinants of Happiness across Cultures and Countries. International Journal of Environmental Research and Public Health, 20(4), 3306. https://doi.org/10.3390/ijerph20043306
STADA Health Report 2022. (s/d). STADA. Obtido 19 de junho de 2024, de https://www.stada.com/media/health-reports/stada-health-report-2022
Stanley, S., & Sebastine, A. J. (2023). Work-life balance, social support, and burnout: A quantitative study of social workers. Journal of Social Work, 23(6), 1135-1155. https://doi.org/10.1177/14680173231197930
Tuğsal, T. (2017). The effects of socio-demographic factors and work-life balance on employees’ emotional exhaustion. Journal of Human Sciences, 14(1), 653-665. https://www.researchgate.net/publication/314187504_The_Effects_of_Socio-Demographic_Factors_and_Work-Life_Balance_on_Employees'_Emotional_Exhaustion
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)