PISA, TIMSS e PIRLS em Portugal: Uma análise comparativa
PISA, TIMSS and PIRLS in Portugal: A comparative analysis
DOI :
https://doi.org/10.21814/rpe.18380Mots-clés :
Regiões NUTS III, PISA, TIMSS, PIRLSRésumé
Neste artigo apresentamos uma análise comparativa entre três inquéritos internacionais: PISA, levado a cabo pela OCDE, o TIMSS e o PIRLS, realizados pela IEA, tendo em conta os seus objetivos gerais e uma correlação dos dados referentes a Portugal (por regiões da NUTS III). A revisão bibliográfica e documental mostrou como os resultados podem ser reformulados ou reinterpretados pelos diferentes atores sociais e que são vistos pelos decisores políticos e pelas organizações como uma ferramenta de comparação dos sistemas escolares, reveladora de pontos fortes e pontos fracos. A análise dos resultados gerais evidencia que Portugal tem vindo a melhorar os seus resultados no PISA, nos três domínios (leitura, matemática e ciências), que melhorou no TIMSS em matemática e piorou em leitura no PIRLS. A análise comparativa por regiões revelou que existe uma diferenciação dos resultados por regiões e que, enquanto o fator domínio não se apresenta como relevante, o fator objeto de avaliação em cada estudo parece determinante para os resultados dos questionários. Revelou, ainda, que há uma relação direta entre o PIB/habitante e os resultados dos questionários nas regiões com valores extremos de PIB/habitante, mas que essa relação não existe para a generalidade das regiões.
##plugins.generic.usageStats.downloads##
Références
Bain, D. (2003). Pisa et la lecture. Un point de vue de didacticien. Analyse critique de la validité didactique d’une enquête internationale sur la compréhension de l’écrit. Revue suisse des sciences de l’éducation, 25 (1), 59-78.
Benavente, A. (2016). O ‘dia’ seguinte: o que a Troika fez à escola. Le monde diplomatique – edição portuguesa, outubro, 8-9.
Benavente, A. (coord.), Rosa, A., Firmino, A., & Ávila, P. (1996). Literacia em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Bourdieu, P., & Passeron, J-C. (1970). La reproduction: éléments pour une théorie du système d’enseignement. Paris: Éditions Minuit.
Campbell, J., Kelly, D., Mullis, I., Martin, M., & Sainsbury, M. (2000). Framework and specifications for PIRLS assessment 2001: progress in international reading literacy study. Chestnut Hill: Boston College.
Carvalho, L. & Costa, E. (2009). Production of OECD’s “Programme for International Student Assessment (PISA). Rapport pour le projet Know&Pol, Lisbonne: Université de Lisbonne, Faculté de Psychologie et de Sciences de l’Éducation.
CNESCO (Conseil National d’Évaluation du Système Scolaire) (2016). Comparaison des évaluations PISA et TIMSS: acquis des élèves: comprendre les évaluations internationales, Rapport Scientifique. Paris: Cnesco.
Costa, E. (2011). O Programme for International Student Assessment (PISA) como instrumento de regulação das políticas educativas. Tese de doutoramento, vol. I. Lisboa: Universidade de Lisboa, Instituto de Educação.
Despacho Conjunto n.º 43/ME/MC/95, de 29 de Dezembro. Lisboa: Ministério da Educação e Ministério da Cultura.
Ferrão, M. (2015). Investigação em educação e os resultados do PISA. Análise estatística da retenção através do PISA 2012. In J. Justino & M. Miguéns (Org.). Investigação em Educação e os Resultados do PISA (pp. 104-117). Lisboa: Conselho Nacional de Educação.
Ferreira, A., Flores, I., & Casas-Novas, T. (2017). Introdução ao estudo – Porque melhoraram os resultados PISA em Portugal? Estudo longitudinal e comparado (2000‑2015). Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Grupo de Projeto para a Avaliação Internacional de Alunos (ProjAVI), Ferreira, A. (Coord.), & Gonçalves, C. (2013). TIMSS & PIRLS 2011 – Relações Entre os Desempenhos em Leitura, Matemática e Ciências, 4.º ano. Lisboa: ProjAVI.
IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) (2017). Resultados globais PIRLS 2016 – ePIRLS 2016 – PORTUGAL. Literacia de leitura & Literacia Online. Lisboa: IAVE.
IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) (2019). TIMSS8 – Itens de matemática e de ciências – I. Lisboa: IAVE.
Lafontaine, A. (2006). PIRLS 2006. Progress in reading literacy study. Note de synthèse (em file:///C:/Users/Vitor/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState/Downloads/Recherches%20en%20education%20-%20PIRLS%202006%20-%20article%20de%20synthese%20(ressource%209096)%20(1).pdf, consultado em 16.04.2019).
Lemos, V. (2014). A influência da OCDE nas políticas públicas de educação em Portugal. Coimbra: Almedina.
Marôco, J. (2018). O bom leitor: preditores da literacia de leitura dos alunos portugueses no PIRLS 2016. Revista Portuguesa de Educação, 31(2), 115-131. doi: 10.21814/rpe.14105
Marôco, J. (coord.), Gonçalves, C., Lourenço, V., & Mendes, R. (2016c). PISA 2015 – Portugal. Volume I: Literacia científica, Literacia de Leitura e Literacia Matemática. Lisboa: IAVE.
Marôco, J. (coord.), Lourenço, V., Mendes, R., & Gonçalves, C. (2016a). TIMSS 2015 – Portugal. Volume I: desempenhos em Matemática e em Ciências. Lisboa: IAVE.
Marôco, J. (coord.), Lourenço, V., Mendes, R., & Gonçalves, C. (2016b). TIMSS Advanced 2015 – Portugal 1 – Desempenhos em matemática e em física. Lisboa: IAVE.
Martens, K., Niemann, D., & Teltemann, J. (2015). L’influence de PISA sur les politiques de l’éducation. Administration & Éducation, 145(1), 115-120.
Martin, M., & Kelly, D. (1996) (Org.). TIMSS. Technical report, vol. I. Boston College & Chesnut Hill Massachusetts, USA: IEA.
Martin, M., & Kelly, D. (1997) (Org.). TIMSS. Technical report, vol. II. Boston College & Chesnut Hill Massachusetts, USA: IEA.
Martin, M., Foy, P., Mullis, I., & O’Dwyer, L. (2013). In M. Marin & I. Mullis (Eds.), TIMSS and PIRLS 2011: relationships among reading, mathematics, and science achievement at the fourth grade – implications for early learning (pp. 109-178). Chestnut Hill, MA: TIMSS & PIRLS International Study Center, Boston College.
Mullis, I., Martin, M., Foy, P., & Drucker, K. (2012). PIRLS 2011 International Results in Reading. USA: Chestnut Hill & Netherlands: IEA.
Mullis, I., Martin, M., Kennedy, A., Trong, K., & Sainsbury, M. (2009). PIRLS 2011 assessment framework. Chestnut Hill, MA: TIMSS & PIRLS International Study Center, Lynch School of Education: Boston College.
OCDE (1999). Measuring student knowledge and skills: a new framework for assessment. Paris: OCDE.
OCDE (2003). La lecture, moteur de changement: performances et engagement d’un pays à l’autre: résultats de PISA 2000. Paris: OCDE.
OCDE (2013). Cadre d’évaluation et d’analyse du cycle PISA 2012. Paris: OCDE.
Rémond, M. (2006). Éclairages des évaluations internationales PIRLS et PISA sur les élèves français. Revue française de pédagogie, 157, 71-84.
Resolução do Conselho de Ministros n.º 86/2006 de 12/07/2006. Diário da República n.º 133/2006 – Série I. Lisboa: Presidência do Conselho de Ministros.
Saraiva, L. (2017). A aprendizagem das ciências em Portugal: uma leitura a partir dos resultados do TIMSS e do PISA. Mediações – Revista OnLine da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, 5(2), 4-18.
Schleicher, A. (2018). World Class: How to build a 21st-century school system, Strong Performers and Successful Reformers in Education. Paris: OECD Publishing. doi: http://dx.doi.org/10.1787/4789264300002-en.
Teodoro, A. (2010). Educação, globalização e neoliberalismo. Os novos modos de regulação transacional das políticas de educação. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas.
Teodoro, A. (2019). The end of isolationism: examining the OCDE influence in Portuguese education policies, 1955-1974. Paedagogica Historica: International Journal of the History of Education, 1-14. doi: https://doi.org/10.1080/00309230.2019.1606022.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
1. Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 CC-BY-SA que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
2. Autores e autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: depositar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
3. Autores e autoras têm permissão e são estimulado/as a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição Compartilhamento pela mesma Licença Internacional 4.0