Implementação do controlo estatístico do processo numa linha de engarrafamento na indústria vinícola
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0207.02.00180Palavras-chave:
SPC (Controlo Estatístico do Processo), Cartas de Controlo, Cartas de Controlo MQ, Short-Runs, Capacidade do ProcessoResumo
Introdução: A grande exigência dos mercados tem conduzido a situações em que os sistemas produtivos são caracterizados pela produção de diversos lotes mas de reduzida dimensão. Este novo paradigma exige que sejam desenvolvidas técnicas adequadas, tanto em termos de planeamento como em termos de Controlo Estatístico do Processo (SPC), uma vez que podem existir situações em que não é possível proceder à recolha de dados suficientes para se estimar convenientemente os parâmetros do processo (média e variância).
Objectivos: Implementação do Controlo Estatístico do Processo na indústria vitivinícola para melhorar a qualidade do produto final.
Métodos: Quando nos confrontamos com situações em que não é possível proceder à recolha suficiente de dados, a abordagem sugerida consiste em adotar os desenvolvimentos propostos por Charles Quesenberry. Nestes casos, a estatística da amostra no instante i é transformada através das estimativas dos parâmetros do processo recorrendo à informação obtida (dados) até ao instante (i-1). O estudo univariado da capacidade do processo é realizada através dos índices de capacidade QL e QU. São abordadas duas situações de controlo estatístico, uma em que é feito um estudo univariado, com base em cartas Q, e outra em que é feito o estudo multivariado, com base nas cartas MQ.
Resultados: Este estudo refere-se à implementação do SPC , de uma marca de vinho que possui baixos volumes de produção, no seu processo de engarrafamento, que é considerado que é considerado uma etapa critica uma vez que é necessário ter alguns cuidados como por exemplo o evitar a ocorrência de contaminações microbiológicas ou a oxidação do vinho.
Conclusões: Sempre que não seja possível aplicar cartas de controle tradicionais, a utilização das cartas de controlo Q (análise univariada) e as cartas de controlo MQ (análise multivariada) revela-se a escolha mais adequada, não só para o controlo de um ou mais produto como para vários conjuntos de características da qualidade.
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