Avaliação sensorial da carne de suínos machos inteiros criados com diferentes condições de alimentação e alojamento
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0207.05.00196Palavras-chave:
odor a varrasco, androstenona, escatol, análise sensorialResumo
Introdução: O aroma a varrasco é um odor/flavour desagradável presente na carne de porcos macho não castrados, que é causado principalmente por dois compostos: a androstenona e o escatol. A incidência do odor a varrasco é de especial importância quando se considera o uso desta carne para a produção de produtos cárneos.
Objetivos: Este estudo visa a avaliação das características organoléticas da carne de porcos macho não castrados criados em condições específicas com o objetivo de reduzir ou eliminar o odor a varrasco.
Métodos: Foi analisada carne da barriga de porcos não castrados criados em seis condições diferentes (maneio normal versus maneio melhorado) e alimentação com níveis diferentes de inulina adicionada (0%, 3% e 6%). A análise descritiva quantitativa (QDA®) foi usada para avaliação organolética das amostras que foram previamente cozidas e apresentadas em frasco fechado ao painel composto por 10 provadores treinados, que avaliaram o odor e flavour a escatol e androstenona, a textura e o sabor doce na carne.
Resultados: Os resultados demonstraram haver diferenças significativas (p<0.05) entre as diferentes condições, nos parâmetros odor e flavour a escatol e androstenona e textura.
Conclusões: Como esperado, o odor a varrasco foi mais intenso nas amostras com a condição maneio normal e sem inulina adicionada. Tendo em conta estes resultados pode-se concluir que a adição de inulina tem efeitos positivos quando conjugada com condições de maneio melhoradas.
Downloads
Referências
Aaslyng, M. D., Broge, E. H. D., Brockhoff, P. B., & Christensen, R. H. (2015). The effect of skatole and androstenone on consumer response towards streaky bacon and pork belly roll. Meat Science, 110, 52-61. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2015.07.001
Aldal, I., Andresen, O., Egeli, A. K., Haugen, J. E., Grodum, A., Fjetland, O., & Eikaas, J. L. H. (2005). Levels of androstenone and skatole and the occurrence of boar taint in fat from young boars. Livestock Production Science, 95(1-2), 121-129. https://doi.org/10.1016/j.livprodsci.2004.12.010
Aluwe, M., Langendries, K. C. M., Bekaert, K. M., Tuyttens, F. A. M., De Brabander, D. L., De Smet, S., & Millet, S. (2013). Effect of surgical castration, immunocastration and chicory-diet on the meat quality and palatability of boars. Meat Science, 94(3), 402-407. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2013.02.015
AnnorFrempong, I. E., Nute, G. R., Whittington, F. W., & Wood, J. D. (1997). The problem of taint in pork .1. Detection thresholds and odour profiles of androstenone and skatole in a model system. Meat Science, 46(1), 45-55. https://doi.org/10.1016/s0309-1740(97)00003-x
Backus, G. B. C., van den Broek, E., van der Fels, B., Heres, L., Immink, V. M., Knol, E. F., . . . van Wagenberg, C. P. A. (2016). Evaluation of producing and marketing entire male pigs. Njas-Wageningen Journal of Life Sciences, 76, 29-41. https://doi.org/10.1016/j.njas.2015.11.002
Bilid-Šobot, D., Čandek-Potokar, M., Kubale, V., & Škorjanc, D. (2014). Boar taint: interfering factors and possible ways to reduce it. Agricultura, 11(1-2),35-48 . Retrieved from: http://www.agricultura-online.com/portal/index.php/issues/issue-18/184-boar-taint-interfering-factors-and-possible-ways-to-reduce-it
Byrne, D. V., Thamsborg, S. M., & Hansen, L. L. (2008). A sensory description of boar taint and the effects of crude and dried chicory roots (Cichorium intybus L.) and inulin feeding in male and female pork. Meat Science, 79(2), 252-269. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2007.09.009
Chen, G., Zamaratskaia, G., Andersson, H. K., & Lundstrom, K. (2007). Effects of raw potato starch and live weight on fat and plasma skatole, indole and androstenone levels measured by different methods in entire male pigs. Food Chemistry, 101(2), 439-448. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2005.11.054
Fredriksen, B., Johnsen, A. M. S., & Skuterud, E. (2011). Consumer attitudes towards castration of piglets and alternatives to surgical castration. Research in Veterinary Science, 90(2), 352-357. https://doi.org/10.1016/j.rvsc.2010.06.018
Garrido, M. D., Egea, M., Linares, M. B., Martinez, B., Viera, C., Rubio, B., & Borrisser-Pairo, F. (2016). A procedure for sensory detection of androstenone in meat and meat products from entire male pigs: Development of a panel training. Meat Science, 122, 60-67. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2016.07.019
Gunn, M., Allen, P., Bonneau, M., Byrne, D. V., Cinotti, S., & Fredriksen, B. (2004). Welfare aspects of the castration of piglets. Scientific report on the scientific panel for animal health and welfare on a request from the Commission related to welfare aspects of the castration of piglets (Question No. EFSA-Q-2003-091). The EFSA Journal, 91, 1-18. Retrieved from: http://edepot.wur.nl/51177
Hansen, L. L., Stolzenbach, S., Jensen, J. A., Henckel, P., Hansen-Moller, J., Syriopoulos, K., & Byrne, D. V. (2008). Effect of feeding fermentable fibre-rich feedstuffs on meat quality with emphasis on chemical and sensory boar taint in entire male and female pigs. Meat Science, 80(4), 1165-1173. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2008.05.010
Holinger, M., Fruh, B., & Hillmann, E. (2015). Group composition for fattening entire male pigs under enriched housing conditions-Influences on behaviour, injuries and boar taint compounds. Applied Animal Behaviour Science, 165, 47-56. https://doi.org/10.1016/j.applanim.2015.01.016
ISO:6658. (2005). Sensory analysis - Methodology - General guidance. In: International Organization for Standardization.
Kjos, N. P., Overland, M., Fauske, A. K., & Sorum, H. (2010). Feeding chicory inulin to entire male pigs during the last period before slaughter reduces skatole in digesta and backfat. Livestock Science, 134(1-3), 143-145. https://doi.org/10.1016/j.livsci.2010.06.120
Lunde, K., Skuterud, E., Egelandsdal, B., Furnols, M. F. I., Nute, G. R., Bejerholm, C., . . . Hersleth, M. (2010). The importance of the recruitment method for androstenone sensitivity with respect to accurate sensory evaluation of androstenone tainted meat. Food Quality and Preference, 21(6), 648-654. https://doi.org/10.1016/j.foodqual.2010.04.002
Mathur, P. K., ten Napel, J., Bloemhof, S., Heres, L., Knol, E. F., & Mulder, H. A. (2012). A human nose scoring system for boar taint and its relationship with androstenone and skatole. 91(4), 414. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2012.02.025
Morlein, D., Schiermann, C., Meier-Dinkel, L., Trautmann, J., Wigger, R., Buttinger, G., & Wicke, M. (2015). Effects of context and repeated exposure on food liking: The case of boar taint. Food Research International, 67, 390-399. https://doi.org/10.1016/j.foodres.2014.11.037
Morlein, D., Trautmann, J., Gertheiss, J., Meier-Dinkel, L., Fischer, J., Eynck, H. J., . . . Tholen, E. (2016). Interaction of Skatole and Androstenone in the Olfactory Perception of Boar Taint. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 64(22), 4556-4565. https://doi.org/10.1021/acs.jafc.6b00355
Trautmann, J., Meier-Dinkel, L., Gertheiss, J., & Morlein, D. (2016). Boar taint detection: A comparison of three sensory protocols. Meat Science, 111, 92-100. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2015.08.011
Wauters, J., Vercruysse, V., Aluwe, M., Verplanken, K., & Vanhaecke, L. (2016). Boar taint compound levels in back fat versus meat products: Do they correlate? Food Chemistry, 206, 30-36. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2016.03.031
Wauters, J., Verplanken, K., Vercruysse, V., Ampe, B., Aluwe, M., & Vanhaecke, L. (2017). Sensory evaluation of boar meat products by trained experts. Food Chemistry, 237, 516-524. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2017.05.128
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)