O sentido da viagem e da paisagem em Saramago
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis19255Resumo
José Saramago é uma figura central na história da literatura portuguesa. O vencedor português do Nobel da Literatura procurou consolidar a sua identidade pessoal e cultural para defender a sua posição moral perante o seu país e o resto do mundo. Através de um roteiro acompanhado de experiências e impressões, Saramago realizou uma viagem por terras do seu país, escrita e publicada em 1980 sob a forma de livro de viagens com o título Viagem a Portugal. Será possível neste trabalho traçar a sua forma de ver e sentir a paisagem portuguesa e revelar o significado mais profundo das ligações com os seus espaços vitais como: a aldeia, a capital e o território nacional? Será também possível conhecer a sua “cartografia da memória” formada principalmente pela literatura portuguesa, pelas memórias de experiências pessoais e pelos seus gostos estéticos em arte? Por fim, que imagem espacial contribui para a leitura da viagem de José Saramago ao traduzi-la para a linguagem cartográfica? Neste artigo, explora-se a noção geográfica de Saramago sobre o território e a paisagem de Portugal a partir do seu conceito de viagem, de forma a desvendar os elementos que compõem o sistema espacial que ele próprio teceu guiado intelectualmente pela sua “curiosidade cartográfica”, da qual uma geografia cultural, na sua perspetiva, era composta fundamentalmente por rios, montanhas, pedras e história.
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